Precisamos aprender a ver a necessidade das pessoas, especialmente daquelas a quem amamos

por Bárbara Bezerra

Você já pensou que o uso da palavra filho pode ser perigoso se sugerir um tipo diferente de respeito? Diferente de alguém não rotulado como filho ou criança?

Eu vou explicar melhor.

Marshall Rosenberg, psicólogo norte-americano, em seu livro Criar filhos compassivamente relata que em algumas oficinas com pais ele separa 2 grupos, para cada um pensar em como resolver uma situação de conflito.

Para o primeiro grupo ele solicita a tarefa de pensar em como resolver um conflito com filhos, para o outro grupo com um adulto ou vizinho, por exemplo. Mas quando esses 2 grupos se encontrarem para trocarem o que foi discutido, eles não podem falar em nenhum momento do que se trata.

O fato é que no final das explanações de cada grupo, percebe-se que um dos grupos é menos respeitoso e compassivo na resolução do conflito. E adivinha qual grupo é? O de conflito com o filho.

E por que isso acontece?

Por que temos uma tendência a desumanizar nossos filhos quando achamos que tudo o que queremos que eles façam, eles devem fazer sem questionar…

E nós recebemos aquilo que damos

Para que possamos ser respeitados precisamos oferecer autonomia para nossos filhos tomarem decisões, sabermos negociar quando existem necessidades envolvidas. Aprender a ver as necessidades do outro também, além das nossas e chegar numa resolução que seja boa para ambas as partes.

Afinal de contas, acredito que gostaríamos de estabelecer uma comunicação que nutra um maior vínculo, sobretudo com quem está mais perto de nós e que amamos tanto: nossos filhos.

Um abraço a todos!

Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.

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Capa: Imagem de edsavi30 por Pixabay

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