Filme Netflix – 2022 – 1h38m
Inspirado em história Real. Quatro mulheres totalmente diferentes ficam escondidas em um sótão construído embaixo da cozinha na casa de Annick (Eliane Umuhire) e François (Tongayi Chiirisa), por mais de 80 dias, durante o genocídio de Ruanda e acabam construindo uma amizade entre elas.
Annick, grávida, esconde-se no sótão acreditando que em alguns dias chegaria o socorro da ONU. Os dias se estendem e junta-se à ela outras três mulheres: a freira Jeanette (Charmaine Bingwa), a voluntária Peyton (Ella Cannon) e uma jovem tutsi Mutesi (Bola Koleosho).
O filme, uma produção independente escrita e dirigida por Alanna Brown, estreou em 2021 e ganhou vários prêmios no American Black Film Festival, entre eles o Prêmio John Singleton de Melhor Primeiro Longa-Metragem.
Inspirado na história da disputa étnica entre os grupos hutus e tutsi em Ruanda – África Oriental, entre os anos de 1990 e 1994 em que morreram mais de um milhão de pessoas, incluindo mulheres e crianças, em uma descabida guerra civil.
É um filme de guerra emocionante que provavelmente fará você chorar, mas também trará pontos importantes para reflexão, por exemplo como a polarização política, a falta de diálogo entre irmãos em um mesmo país pode levar à desfechos tão cruéis.
Embora o filme mostre sons de violência ao fundo, medo estampado no rosto daquelas mulheres trancafiadas por tantos dias, o foco da diretora está no fortalecimento da relação entre elas, na esperança de dias melhores e, sobretudo no sentimento de perdão que cresce e que será chave para a convivência entre as duas etnias, depois desta fase sangrenta.
A frase que marca o filme é extraída de um livro que elas leem juntas: “Sementes de amor são plantadas todos os dias. Elas fazem parte da vida em todos os sentidos”.
Imagem: divulgação do filme
