Vamos falar de amor

por Fernanda Schroeder
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Desde sempre fomos incentivados a encontrar um relacionamento, faz parte da vida: namorar, casar, constituir uma família que nos trouxesse segurança e estabilidade. Fomos incentivados pelos valores da nossa família, que nos faziam acreditar que só estaríamos completos quando passássemos por esses ciclos.

E do outro lado, éramos incentivados a encontrar um amor, através dos filmes românticos, das princesas da Disney, esperamos longos anos por alguém que, com um único beijo, resolveria todos os nossos problemas, mas como esse alguém não chegava nunca, preferimos a estabilidade e a segurança.

Ninguém nos ensinou que o amor poderia ser construído, que beijos não salvam vidas e que podemos ser completos sem ter alguém ao nosso lado. Ninguém nos ensinou que o amor deveria ser primeiro o nosso próprio, para que então pudéssemos amar o outro, genuinamente, sem sentir necessidade que esse outro preenchesse tudo aquilo que nos falta.

Fomos ensinados que depois do casamento, somos um só, que a vida seria compartilhada junto com os problemas, que os sonhos seriam um só, que a partir de agora, dois seriam um.

Imagem de Jill Wellington por Pixabay

E nessa crença de que somos um só no relacionamento, ceder passa a ser a única opção, começa uma vez, para evitar uma discussão e se perpetua ao longo dos anos. Anos esses que me perco de mim, tentando me encaixar nos sonhos, nos planos, na vida daquele “um” que se tornou o casamento.

A gente se perde da gente e tenta desesperadamente se encontrar nos outros, vamos aceitando tudo o que nos é colocado, pois é melhor pouco do que nada. Mas o que ninguém nos ensinou é que mesmo num casamento, continuamos sendo dois, duas pessoas completas, dispostas a negociar, a discutir, a perdoar e ser perdoado, a amar e ser amado, a apoiar e ser apoiado em seus sonhos e compartilhar uma vida, que não será nem de longe perfeita, mas que fará sentido para quem dela usufrui.

Ninguém ensinou que o amor começa na gente, mas nunca é tarde para aprender! Quando a gente aprende a se amar, a gente entende que a vida, os relacionamentos, o amor, nunca serão perfeitos, mas nós podemos dar sempre o nosso melhor, encontrar novas possibilidades de vida, de felicidade e assim, ser feliz com os outros, afinal, a vida foi feita para ser compartilhada!

Fernanda Schroeder
Psicóloga – CRP 06/125607
Email: [email protected]
Instagram: @psifernandaschroeder
Telefone: (19) 99806-1715

Capa: Imagem de Photo Mix por Pixabay

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