Ana Tereza: Busca de informações e enfrentamento para a Doença do Parkinson

por Mª Aparecida Costa

Tem pessoas que não passam pela vida da gente… ficam. Reencontrar Ana Tereza – ex colega de trabalho – depois de muitos anos, trouxe certezas e muitas memórias. Certeza da sinceridade da amizade e da nossa identificação no trabalho e fora dele.

São pessoas como Ana Tereza que constroem momentos que se eternizam na memória. Revê-la trouxe a certeza de que não deveria ter descuidado do tempo e deixá-lo passar sem conviver com Ana Tereza e sua família. O tempo em que estivemos juntas passou rápido demais se visto pelos ponteiros do relógio, mas longo se contado todas as lembranças, reflexões e experiências que compartilhamos.

Lembramos de viagens, festas e outras peripécias da juventude. Lembramo-nos, entre risos, das nossas mãos lambuzadas de manga no restaurante do trabalho diante de olhares curiosos de outras pessoas ocupadíssimas na difícil tarefa de comer manga com garfo e faca.

Quando Ana Tereza disse – MAS EU ESTOU BEM, ela estava me dizendo como convive bem com a Doença de Parkinson. Soube através dela que essa é uma doença neurológica, degenerativa, crônica e progressiva que acontece normalmente com pessoas acima de 65 anos, sendo mais comum em homens.

Mas, afinal o que é a Doença de Parkinson?

As células nervosas usam uma substância química do cérebro chamada dopamina para ajudar a controlar os movimentos musculares. O Parkinson ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina são destruídas lenta e progressivamente. Sem a dopamina, as células nervosas dessa parte do cérebro não podem enviar mensagens corretamente. Isso leva à perda da função muscular. O dano piora com o tempo.

Minha Vida

Com o envelhecimento todos nós sofremos a degeneração das células nervosas que produzem dopamina, mas em algumas pessoas isso acontece com maior rapidez, como com Ana Tereza que teve o diagnóstico de Parkinson aos 54 anos. Não se sabe bem quais são as causas, mas fatores como idade, história da doença na família, traumas no crânio, contato com agrotóxicos podem contribuir para o adoecimento.

Com a deficiência de dopamina a pessoa pode manifestar sintomas como: rigidez (enrijecimento dos músculos –  principalmente nas articulações), tremores, quedas constantes, dificuldade de equilíbrio, lentidão nos movimentos.

A destreza com que Ana Tereza prepara o strogonoff para o almoço e a habilidade com que produz arte na confeitaria de bolos confirmam a importância do diagnóstico precoce, do acompanhamento por um bom médico neurologista, o uso adequado de medicamentos indicados pelo médico e tratamentos complementares por outros profissionais de saúde. 

A sensibilidade e clareza na expressão de sentimentos e vivências demostram como Ana Tereza preserva a capacidade mental e como isso contribui para a adesão ao tratamento e para a qualidade de vida.

Linda não?

O que mais precisamos saber sobre o Parkinson?

Não há prevenção  em pessoas com predisposição para essa doença, porém sabe-se que pessoas em melhores condições físicas estão menos propensas a apresentá-la e, se a apresentar poderão ter melhor evolução da doença. Ou seja, a prática de atividade física é importante na prevenção de várias doenças, entre elas, o Parkinson.

Não existe um tratamento que leve à cura, existem medicamentos que controlam os sintomas e retardam o progresso da doença. Acompanhamentos com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde contribuem para uma boa evolução do quadro.

Mudar o estilo de vida contribui para a saúde geral de qualquer pessoa, porém pode ajudar a tornar mais fácil a vida da pessoa com a doença de parkinson.

Para isso é importante:

  • Cuidar bem da alimentação;
  • Buscar atividade física que se adapte às suas possibilidades;
  • Procurar relaxar e evitar o estresse
  • Adaptar a casa para prevenir quedas

Para pesquisa:

Minuto Saudável

Minha Vida

Fisioterapia.com

Viva bem com Parkinson

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