Para você — Castigos físicos é uma forma de educar as crianças?

por Bárbara Bezerra
publicado em: atualizado em:

Pesquisas indicam que 80% dos pais norte-americanos são a favor de castigos físicos para “educar crianças” e, por curiosidade, é a mesma porcentagem a favor da pena de morte.

Mas será que a violência é a melhor forma de “educar”, corrigir ou lidar com os conflitos?

Precisamos gritar ou agredir para que o outro nos ouça?

Ou será que se observarmos a forma como nos comunicamos e se conseguirmos utilizar técnicas da Comunicação Não-violenta poderíamos nos conectar melhor com as pessoas.

Quando uma pessoa fala o que quer que o outro faça, ela deve esclarecer o porquê quer que o outro faça.
Exemplo:

Preciso que você estude para aprender mais e tirar notas suficientes para passar de ano.
Preciso que você assuma alguma atividade da casa, pois me sinto cansada e quero dividir as responsabilidades pra ficar mais tranquila.

E você pode pensar: Mas porque explicar tanto? Não é óbvio? E eu te afirmo que nem sempre é óbvio. Nem sempre o que está em nosso pensamento vai ser percebido pelo outro se não expressarmos e mesmo assim às vezes precisamos checar se fomos compreendidos realmente.

Quando explicamos melhor o que precisamos e porque precisamos, demonstrando a intenção de nos entendermos com o outro, resolvemos os conflitos de forma mais tranquila, sem o uso da violência.

Deixo aqui um trecho de um poema da Viviane Mosé:

Receita pra lavar palavra suja

“Eu descobri que a palavra não sabe o que diz
A palavra delira.
A palavra diz qualquer coisa.
A verdade é que a palavra em si, nela mesma, em si própria, não diz nada.
Quem diz é o acordo estabelecido entre quem fala e quem ouve.
Se existe acordo, existe comunicação.
Quando esse acordo se quebra, ninguém diz mais nada,
Mesmo usando as mesmas palavras.”

Faz sentido pra você?

Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.

Contatos:
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Imagem de Olya Adamovich por Pixabay

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