Não tire conclusões – 3º Compromisso do Livro Os quatro Compromissos

por Mª Aparecida Costa

O livro da filosofia tolteca

Não tire conclusões

Tiramos conclusões sobre o que as pessoas estão fazendo ou pensando e levamos para o lado pessoal, então os culpamos e reagimos enviando veneno emocional através da nossa palavra. Criamos um conflito sem motivo.

Geralmente começamos a tagarelar sobre nossas conclusões, criando um grande mitote e o caos.

Temos medo de pedir esclarecimentos, fazer perguntas. Quando não entendemos algum fato, tiramos conclusões e, se esclarecido, a verdade aparece, as bolhas de nossos sonhos estouram e descobrimos que não coincidem em absoluto com o que imaginávamos. Tirar conclusões em qualquer relacionamento, inclusive o amoroso é pedir problemas.

Presumimos que o parceiro saiba o que pensamos e não temos necessidade de expressar nossos desejos. Se a pessoa não faz aquilo que desejamos, ficamos magoados. Tiramos uma conclusão e a partir dela, muitas outras. A mente humana trabalha de uma forma que precisa de respostas para nos fazer sentir seguros e quando não as encontra, presume-se.

As conclusões são rápidas e inconscientes porque na maioria do tempo mantemos nossos compromissos neste sentido. Quando acreditamos em algo, presumimos que estamos certos e chegamos ao ponto de destruir relacionamentos.

Presumimos que as pessoas enxergam a vida da mesma forma que nós, julgam como julgamos, sentem da mesma forma, sofrem como nós sofremos. Esta é a maior presunção do ser humano.

Da mesma forma nos escondemos com medo de julgamento, nos vitimizando, nos fazendo sofrer e nos culpando, tal como nós fazemos a nós mesmos. Portanto, antes que os outros tenham uma chance de nos rejeitar, nós nos rejeitamos.

Você se superestima ou subestima porque não resolveu parar e formular perguntas a si mesmo para depois respondê-las. Talvez precise reunir mais fatos sobre uma situação ou talvez precise parar de mentir para si mesmo sobre o que deseja.

Frequentemente quando você inicia um relacionamento, enxerga apenas aquilo que deseja enxergar e nega que existam características naquela pessoa que você não gosta. Mente para si mesmo, a fim de lidar com a razão. Depois acredita que seu amor pode mudá-lo, mas isto não é verdade. Seu amor não pode mudar ninguém. Então acontece algo entre os dois e você se magoa. Repentinamente, enxerga o que não quis enxergar antes, e amplificado por seu veneno emocional. Agora você precisa justificar sua dor emocional e culpa os defeitos por suas escolhas.

Não precisamos justificar o amor de forma alguma, ele está presente ou não. O amor verdadeiro está em aceitar o outro como ele é, sem tentar mudá-lo. Se você deseja viver com alguém, é melhor fazer isto com uma pessoa que seja como você deseja.

A forma de evitar tirar conclusões é fazer perguntas. E isto não é tarefa fácil. Reafirmar a ação várias vezes fortalece sua vontade, alimenta a semente e estabelece uma base solida para que os novos hábitos germinem. Depois de muitas repetições, estes novos compromissos se tornarão uma segunda natureza você perceberá a mágica de transformar daquele que usa a palavra para criar, dar, partilhar, amar.

Com clareza de comunicação, todos os seus relacionamentos irão mudar, tudo ficará mais claro.

Quando você transforma todo o seu sonho, a mágica acontece em sua vida. Aquilo que precisa lhe vem facilmente, porque o espírito se move com liberdade através de você. É o domínio da intenção, do espírito, o domínio do amor, da gratidão e da vida. Este é o objetivo dos toltecas, esse é o caminho para a liberdade pessoal.

Conheça melhor todos os compromissos, clicando nos links abaixo:

Introdução – Processo de domesticação do homem
1º Compromisso – Seja Impecável com a sua palavra
2º Compromisso – Não leve nada para o lado pessoal
3º Compromisso – Não tire conclusões

4º Compromisso – Dê Sempre o melhor de si
Conclusão: Caminho Tolteca para a Liberdade

Fonte:
Livro: Os Quatro compromissos
Editora: Revista
Autor: Dom Miguel Ruiz
Ano: 2011
Número de páginas: 110

Capa: Etienne boulanger – Unsplash

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