Nosso corpo está acostumado a trabalhar de forma harmônica e equilibrada, em um ritmo adequado ao perfeito funcionamento dos órgãos.
E quando somos surpreendidos por fatos ou situações que despertem emoções fortes, o nosso organismo precisa de um esforço para se ajustar às alterações do ritmo corporal.
Em situações que amedronte, irrite, confunda, excite ou provoque muita felicidade o corpo reage – entra em “estado de alerta” e se prepara para agir ou fugir: o coração bate mais rápido, respiração fica mais rápida também.
Outras reações do organismo ocorrem em cadeia, tais como tremores, dores musculares, aperto no peito, mãos geladas, dificuldade para respirar, etc.
Ao conjunto de reações do organismo frente a estas mudanças, dá-se o nome de estresse. Este termo foi utilizado pela primeira vez na área de Saúde por Hans Selye em 1926, após observar que pessoas que sofriam de várias doenças, apresentavam sintomas comuns. Esta observação resultou na definição do estresse na época como “um desgaste geral do organismo”.
Todos somos suscetíveis ao stress: homens, mulheres, adolescentes, crianças. O estresse é o resultado da forma como nos relacionamos com as nossas emoções (medo, preocupações, felicidade) e com o mundo externo (pressões, ameaça ou situações de perigo).
Um exemplo de sintomas positivos do estresse é o grau de expectativa e ansiedade que sentimos quando estamos apaixonados. Quem nunca sentiu o coração disparado ou mãos geladas com a aproximação da pessoa alvo de nossa paixão?
As reações do nosso organismo quando temos que enfrentar situações de ameaça ou perigo é uma resposta do corpo e mostra sinais de bom funcionamento.
Todos vivenciamos uma dose de estresse em várias situações da rotina de nossas vidas, sem que isso seja prejudicial à saúde. Mas, se vivemos estas situações de forma continua, prolongada ou excessiva, isto pode produzir desgaste orgânico.
O estresse crônico exige do corpo e da mente uma adaptação além de sua capacidade normal e um esforço para restabelecer o equilíbrio interno, indispensável a vida.
Os sintomas do estresse variam desde os sinais de alarme ou alerta tais como – mãos frias, coração acelerado, gastrite, distúrbios do sono, tensão muscular, até sintomas que demonstram o desgaste do organismo em fases mais complicadas e cronicas do estresse, como úlceras, angústia, ansiedade, impossibilidade de trabalho e outros.
Uma vida em constante estresse pode causar doenças e até a morte.
Mas há saídas. Quais?
Nem sempre conseguimos evitar situações desgastantes e às reações a elas são diferentes para cada momento e para cada pessoa. Da mesma forma é bem pessoal as escolhas de atividades prazerosas e relaxantes que podem contribuir para a nossa qualidade de vida.
É hora de pensar no autocuidado.
Um bom antídoto para o estresse é Procurar:
- Administrar melhor o tempo com a consciência que tudo se resolve;
- Entrar em contato com a natureza;
- Meditar diariamente;
- Ter disciplina na prática de atividade física e buscar por uma alimentação saudável;
- Descansar;
- Procurar desenvolver atividades de lazer e encontro com pessoas;
- Aprender a dizer alguns não e priorizar a si mesmo;
- Praticar alguma terapia integrativa como yoga, Tai Chi Chuan, Lian Gong, Dança Circular Sagrada;
- Procurar terapias alternativas – Reiki, Acupuntura; Cromoterapia, Auricoloterapia, Reflexologia, Massagem, Relaxamento, Pilates;
- Desenvolver atividades artesanais;
- Fazer terapia;
- Buscar a sua própria religiosidade.
Fonte: LIPP, Marilda Novaes e Colaboradores: Como enfrentar o Stress, Icone Editora, Campinas – SP, 1998