Gostaria de propor a você uma experiência: imagine um grupo em que nos dividíssemos em duplas, e cada par, a medida que ouvisse uma frase deveria dar um passo à frente, aproximando-se ou um passo para trás, afastando-se.
Vou dar algumas frases-exemplo na conversa e te proponho pensar comigo se o que se fala na conversa promove conexão ou desconexão, ou seja, aproximação ou afastamento.
Frase 1: “Você é muito orgulhoso!”
2: “Eu não aguento mais tanta bagunça!”
3: “É impossível conversar com você!”
Essas frases que acabei de falar implicam em um passo para trás porque gera desconexão. E por quê?
A frase: “Você é muito orgulhoso! ” classifica o outro, mas não fala do que o outro precisa. Poderíamos trocar essa frase por: “Percebo que você está chateado e gostaria de saber sinceramente do que está precisando”.
Ou a outra frase: “Eu não aguento mais tanta bagunça”, que pode ser trocada por: “Imagino que você esteja cansada pra arrumar seu quarto, só que eu me sinto frustrada porque preciso de ordem na casa. Será que podemos deixar as coisas organizadas?”
Ou a terceira frase: “É impossível conversar com você!” Podemos trocá-la por: “A minha intenção é me conectar com você pra poder atender às suas necessidades”.
Deixo essa reflexão para pensarmos um pouco mais como começamos uma conversa com alguém.
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
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