Dê Sempre o melhor de si – 4º Compromisso do Livro Os Quatro Compromissos

por Mª Aparecida Costa

O livro da filosofia tolteca

O quarto compromisso se refere à ação dos outros três. Sob qualquer circunstância sempre faça o melhor possível, nem mais e nem menos.

O seu melhor nunca será o mesmo de um instante para o outro. Tudo está vivo e mudando o tempo todo, por isto o seu melhor dependerá também se está saudável, descansado, sóbrio, feliz ou zangado. Também se alterará a medida que você for praticando os 4 compromissos.

Se você fizer mais do que precisa, irá gastar mais energia do que o necessário e no final o seu melhor não será suficiente. Se você fizer menos, vai sujeitar-se a frustrações, autojulgamento, culpas e arrependimentos.

Dando o melhor de si, você poderá viver intensamente, ser produtivo. Esta ação irá fazê-lo sentir-se feliz. Será melhor se você fizer porque ama fazer e não por esperar recompensa. Quando fazemos o que gostamos nos divertimos sem tédio e sem acumular frustrações.

Quando você dá o melhor de si, você não dá ao juiz a oportunidade de descobrir sua culpa ou de condená-lo de acordo com as regras estabelecidas na sociedade. Não é um compromisso fácil de manter, mas pode realmente libertar você.

Se você faz o melhor, aprende a aceitar a si mesmo. Mas é preciso estar atento e aprender com os erros. Isto significa praticar, olhar com honestidade os resultados e continuar praticando.

Agir é viver plenamente. Não agir é a forma de negar a própria vida. Sentar à frente da televisão todos os dias por muitas horas porque você tem medo de estar vivo e assumir o risco de expressar quem é. Agir significa expressar quem você é.

Você pode ter mil ideias na cabeça, mas o que faz a diferença é a ação. Sem ela não existe resultados. Assumir a ação é estar vivo, não é impor aos outros o seu sonho, porque todos tem o direito de expressar seu próprio sonho. Fazer o melhor é um ritual que precisa ser acreditado.

Na Índia realizam um ritual chamado puja, onde tomam ídolos que representam Deus de muitas formas e os banham, alimentam-nos e dão amor a eles. O ídolo em si não é importante, mas sim a forma como realizam o ritual e a maneira como dizem: Amo você, Deus.

Deus é vida, Deus é ação. A melhor forma de revelar seu amor à Deus é deixar o passado de lado e viver o aqui e agora. Quando você se rende e diz adeus ao passado, permite a você mesmo estar vivo no presente e aproveitar o sonho que você está realizando agora. Quando você vive um sonho do passado, não consegue aproveitar o que está acontecendo agora. Isto leva à autopiedade, sofrimento e lágrimas.

Você nasceu com o direito de ser feliz, de amar, de aproveitar e compartilhar amor. Tome sua vida e aproveite. Você não precisa da aprovação do outro, nem de grande sabedoria e nem de conceitos filosóficos. Você expressa sua divindade estando vivo e amando a si mesmo e aos outros.

Os três primeiros compromissos só vão funcionar quando você fizer o seu melhor.

Se você der o melhor de si na procura por liberdade pessoal, na busca do amor-próprio, vai descobrir que é apenas uma questão de tempo até conseguir o que deseja.

Respeite e ame seu corpo, alimente-o, limpe-o, cure-o. Exercite e faça o que ele se sente bem em fazer. Esse é o puja de seu corpo, isso é a comunhão entre você e Deus. Você não precisa adorar ídolos católicos, budistas ou outros. Se o fizer, é muito bom, mas acredite: seu próprio corpo é a manifestação de Deus.

Quando pratica o hábito de amar cada parte do seu corpo, planta sementes em sua mente e quando elas germinarem você vai amar, honrar e respeitar seu corpo imensamente.

Os quatro compromissos baseados na filosofia tolteca estão lá e podem transformar sua vida, são simples até para o entendimento de uma criança, mas são difíceis de praticar. Onde quer que nós formos haverá caminhos cheios de obstáculos e possibilidades de sabotar nossa transformação.

Na lição dos toltecas, a recompensa é transcender a experiência humana de sofrimento. É preciso insistir para que as transformações aconteçam, cair e levantar sem auto piedade, retomar o caminho.

Se você cair não julgue, não dê ao seu Juiz interno a satisfação em transformá-lo em vítima. Não seja duro com você mesmo. Erga-se e refaça o compromisso. Só por hoje vou manter os quatro compromissos.

Conheça melhor todos os compromissos, clicando nos links abaixo:

Introdução – Processo de domesticação do homem
1º Compromisso – Seja Impecável com a sua palavra
2º Compromisso – Não leve nada para o lado pessoal
3º Compromisso – Não tire conclusões
4º Compromisso – Dê Sempre o melhor de si
Conclusão: Caminho Tolteca para a Liberdade

Fonte:
Livro: Os Quatro compromissos
Editora: Revista
Autor: Dom Miguel Ruiz
Ano: 2011
Número de páginas: 110

Capa: Joel overbeck – Unsplash

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