Em consulta recente com o meu geriatra – Dr. Diogo Moraes Martinez – comentei ansiosa que estava observando episódios de esquecimentos no meu dia a dia. Ele sorriu e me tranquilizou, dizendo:
Não deve ser Alzheimer. Fico mais preocupado quando o próprio paciente esquece de me dizer que está se esquecendo… quando a família é quem me traz essa informação.
É claro que precisamos estar atentos à sinais e sintomas que possam indicar riscos à nossa saúde. Essa atenção e a conversa com o médico sobre o assunto ajudará na prevenção e no diagnóstico precoce de qualquer doença.
Ainda segundo o atencioso Dr. Diogo, quando estamos com níveis altos de ansiedade, quando realizamos automaticamente várias atividades ao mesmo tempo, o cérebro pode ter dificuldade de captar e armazenar tantas informações, deixando escapar algumas. O segredo é ter foco em nossas atividades diárias, independente da idade. 🙂
Lapsos de memória – grandes ou pequenos – é uma preocupação para muitas pessoas, é um fantasma que assombra travesseiros porque os associamos à doença de Alzheimer mesmo que seu nome sequer tenha sido pronunciado.
Vamos falar um pouquinho a respeito desse assunto?
No Brasil sabe-se que cerca de 6% das pessoas maiores de 60 anos sofrem desse mal. O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa e um dos primeiros sintomas que aparecem é o esquecimento.
A pessoa é capaz de lembrar de fatos antigos com detalhes e não lembra o que comeu no almoço. Com a evolução da doença, sua rotina pode ser bastante afetada, piorando o grau de esquecimento, capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão / linguagem e sua capacidade de discernimento.
Todas essas dificuldades são descritas por Alessandra Oliveira, estudante de Jornalismo em um lindo poema dedicado à seu pai Adailton e publicado nesse blog – Várias versões de um mesmo amor.
A memória, claro, é um ponto chave da doença (que tal ser perguntada de 10 em 10 minutos sobre a data de hoje?), mas não é só isso. Afastamento social, agitação noturna, mudança de temperamento e agressividade vêm no pacote.
Sabe-se que a condição genética e a hereditariedade são fatores preponderantes para o aparecimento da doença, ou seja, na maioria dos casos é passada de pai para filho, no entanto, a prevenção de demências incluindo o Alzheimer existe e é necessária.
Para a sua prevenção é importante rever o estilo de vida como um todo e não apenas investir em algum aspecto da vida isoladamente. A vantagem é que ao rever e reduzir os fatores de risco para o Alzheimer, ganha-se Qualidade de Vida!!
Vamos à alguns desses fatores?
Estimule a mente
Foto de Capa: Pexels
As horas em que me dediquei pesquisando e elaborando essa matéria pode ajudar você a compreender a doença do Alzheimer e incentivá-lo a cuidar da sua mente e corpo de forma preventiva, mas ajudou sobretudo a mim mesma.
Pesquisei, li, refleti sobre a vida, escolhi palavras e fotos para chamar sua atenção, ou seja, mantive minha mente ativa.
Esse é um dos caminhos para a prevenção do Alzheimer, mas escrever matérias para um blog não é o único. Procure estudar, ler bastante, fazer novos projetos, ter sempre objetivos na vida, faça palavras cruzadas, aprenda uma lingua diferente, aprenda a tocar um instrumento musical, viaje, experimente coisas novas, vivencie!!
Dessa forma você manterá seu cérebro em exercícios que exigem atenção e treino.
Alimente-se adequadamente
Foto: Pexels
Converse com seu médico e/ou nutricionista sobre a alimentação mais adequada para você. Abandone hábitos alimentares inadequados, adotando uma alimentação rica, natural e balanceada. Pesquise sobre o assunto, invente, reinvente, há uma imensidão de possibilidades de pesquisa sobre o assunto na internet.
Em nosso blog dedicamos uma categoria específica para a publicação de textos sobre alimentação saudável.
Acompanhe!
Entre as matérias publicadas destacamos:
- Alimentos que ajudam a retardar o envelhecimento cerebral e que podem fortalecer a memória
- Cuidados com a Alimentação Depois dos 50
Pratique Atividade Física
Foto: Pexels
Há várias modalidades de atividade física e você pode – e deve – escolher uma delas. As únicas opções não disponíveis são a preguiça e as desculpas para ficar no sedentarismo – que representa um fator de risco para o desenvolvimento de doenças físicas e mentais.
Não associe atividade física apenas à necessidade de perder peso. Pessoas com peso adequado também precisam fazer exercícios. A atividade física, incluindo a caminhada traz benefícios para nosso corpo físico, mental e social.
São inúmeros os benefícios para o corpo, incluindo a prevenção de doenças do coração, pulmão, além de prevenir depressão e outras doenças emocionais e mentais.
Para saber mais sobre esse assunto, você pode pesquisar na matéria:
Cuide da depressão
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Existem vários fatores que podem contribuir para o aparecimento da depressão em pessoas com mais de 50 anos, momento da vida em que ocorrem grandes mudanças, como: síndrome do ninho vazio com a partida dos filhos, aposentadoria e perda do papel funcional, redução dos hormônios e dificuldades de encarar a velhice que se avizinha…
O risco de depressão é maior em pessoas que já apresentavam sintomas anteriormente.
A depressão pode ser um dos fatores de risco para o desenvolvimento de Alzheimer. Precisamos estar atento aos sinais e sintomas, procurando ajuda de profissionais de saúde mental – psicólogos e psiquiatras – para tratamento, quando necessário.
Para saber mais sobre o assunto acesse: A Depressão depois dos 50 anos
Não fume
Foto: Pexels
Consegui parar de fumar há 12 anos e sei por experiência própria que é uma atitude difícil mas possível. Há um estudo em que associa o fumo à um aumento de mais de 150% da chance do desenvolvimento do Alzheimer.
Olha que sério isso!
Deixar de fumar traz inúmeros benefícios à saúde e você que ainda fuma deve ter ouvido falar na maioria deles. Lembre-se que cada tentativa de abandonar o cigarro é uma experiência que nos fortalece para a próxima até conseguirmos. Não desista, insista!!
Para saber mais: