Brett, por que o papai ama você?
Essa pergunta foi feita por Marshall Rosenberg quando seu filho mais novo tinha apenas 3 anos. A verdade é que ele não sabia se estava comunicando seu amor incondicional a seus filhos.
E Brett responde:
– Por que eu faço cocô na privada?
– Bem, eu realmente gosto disso, mas não é por isso que eu te amo.
– Então é porque eu não jogo mais a comida no chão?
– É verdade, eu gosto quando a comida fica no prato, mas não é por isso que eu te amo.
Brett ficou muito sério, olhos nos olhos do pai e perguntou:
– Então por que você me ama?
– Eu te amo porque você é você!
No final, Marshall ficou meio arrependido por fazer uma pergunta tão abstrata para uma criança de 3 anos, mas passado algum tempo ele voltou sorrindo e disse: Ah, então você me ama porque eu sou eu, né papai?
O Marshall ficou triste quando seu filho fala que ele o amava porque ele fazia cocô na privada porque Marshall sabia que naquela época as respostas que ele dava aos filhos quando eles o obedeciam ou não eram bem diferentes.
O que Marshall conclui nessa história é que devemos mostrar o mesmo grau de respeito quando as pessoas fazem o que pedimos e quando não o fazem.
Devemos demonstrar empatia e tentar se “esticar” até a outra pessoa pra entender porque ela não fez o que pedimos e estudarmos maneiras de motivá-la a fazer de forma voluntária o que precisamos.
Essa e algumas colunas serão baseadas no livro Criando filhos compassivamente, de Marshall Rosenberg, da editora Palas-Athena.
Desejo a todos uma semana iluminada!
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
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