Ela estava ansiosa naquele dia. Muitas pessoas ali estavam para ouvi-la , seus pais também presentes não se cabiam de contentamento.
Malala Yousafzai ali preparava-se para discursar em favor da educação e da paz. Foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel.
Mas dois anos antes estava na cama de um hospital sem muita expectativa de sobrevivência, pois havia sido baleada na cabeça no ônibus que ia para a escola por um membro do grupo Talibã.
E qual o motivo? Ter escrito colunas para a BBC sobre o dia a dia de uma estudante paquistanesa com suas dificuldades no país.
A sua história se entrelaça com o Afeganistão, que também está sob a influência do grupo Talibã, onde a mulher se sente amedrontada em sair às ruas, receosas de sofrerem algum ataque.
Malala com seu senso de justiça é uma grande ativista para que as crianças tenham mais e mais acesso à educação.
Ela relata que certa vez um membro do Talibã disse que queria acabar com a escola porque não sabia o que estava escrito naqueles livros. Ele não sabia ler.
Olhando para os sentimentos e necessidades de ambas as partes, percebemos que as mulheres afegãs se sentem angustiadas e com medo e precisam de segurança e liberdade.
E poderia afirmar que alguns membros do grupo talibã se sentem angustiados e com medo porque também precisam de segurança e liberdade. O que eles não têm conseguido é expressar tudo isso de forma pacífica.
Como disse Marshall Rosenberg, autor do livro comunicação não violenta: “Todo ato de violência é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida.”
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
Paz a todos!
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