Esta semana recebi uma mensagem do corretor de seguros informando que eu deveria procurar outro corretor porque ele não renovará mais o seguro do meu carro.
Na hora que li a mensagem tive dois sentimentos: de mágoa porque há alguns anos faço o seguro do meu carro com ele e gostaria de um reconhecimento, ao mesmo tempo de alívio porque poderia procurar outro corretor que pudesse me oferecer um atendimento que melhor atendesse minhas expectativas.
Mas porque isso aconteceu?
No final do ano passado eu troquei de carro e precisava transferir o seguro. Já havia lhe comunicado 15 dias antes e ele disse que estaria de férias e que eu poderia resolver pela seguradora. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Quando estava na agência para levar o carro liguei para a seguradora e depois de falar com vários departamentos fui informada que a única pessoa que poderia resolver a transferencia de imediato seria o corretor.
Tentei ligar pra ele e ele não atendia, como estava meio desesperada porque precisava resolver aquela situação de imediato liguei então para a esposa do meu corretor e expliquei a situação.
Ele me ligou furioso perguntando porque eu não retirava o carro depois, porque ele estava de férias e não queria ser interrompido e eu disse que desejava retirar o carro porque já havia me programado para viajar com ele.
Então ele fez a transferência do seguro e mudou a foto em seu perfil: “Gentileza gera gentileza”. Daí vieram alguns pensamentos: O primeiro de que não renovaria o seguro com ele no próximo ano. Mas pensando na comunicação não- violenta refleti: E porque quero tomar essa atitude se preciso exercitar a compaixão? Ele queria descanso e por isso ficou com raiva de ser interrompido.
Talvez essa fala “gentileza gera gentileza” quisesse pedir respeito ao descanso dele. Pensei que poderia estar pensando no âmbito do merecimento: “Ele foi rude e merecia ter uma represália”, mas aí eu iria contra o que tenho estudado e me dedicado. Então decidi: Vou continuar com este corretor ainda que me sinta insegura em relação ao trabalho dele.
No entanto, a desistência partiu dele, não de mim!
A verdade é que tenho pensado cada vez mais os sentimentos e pensamentos que tem me motivado para minhas ações e a comunicação não-violenta tem me proporcionado clareza e foco no meu caminho.
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
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