As ações dos outros não dependem de nós, mas o julgamento sim

por Bárbara Bezerra


Epicteto, filósofo grego, falava que as coisas na vida são de 2 naturezas: as que dependem de nós e as que não dependem de nós.

Quando vemos a atitude de alguém e impulsivamente queremos julgar como certo ou errado, não nos damos a oportunidade de observar sem avaliar.

O problema em julgarmos outra pessoa e a condenarmos como rude, invejosa ou até mesmo boazinha é que criamos um filme na nossa cabeça que nem sempre representa a realidade. Note que muitas vezes nos aborrecemos com as pessoas porque emitimos julgamentos moralizadores em relação aos seus comportamentos.

Para que a gente atinja um outro grau de compaixão precisamos nos despojar dos rótulos que colocamos no outro e estarmos abertos a ouvirmos os sentimentos e necessidades na fala das pessoas e claro o que a situação representou pra nós, quais foram nossos sentimentos e necessidades também.

As ações dos outros não dependem de nós, mas julgar ou não, isso sim depende de nós!

O psiquiatra austríaco Viktor Frankl que ficou preso em um campo de concentração nazista diz o seguinte em seu livro em busca de sentido: O prisioneiro é destituído de toda a liberdade, menos a liberdade última que é a reação que terá frente as adversidades da vida.

A proposta aqui é que possamos julgar menos e procurar maior entendimento do outro e de nós próprios, para que possamos construir um mundo com mais compaixão.

Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.

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Imagem de Comfreak por Pixabay

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