Devemos mostrar o mesmo grau de respeito quando as pessoas atendem ou não ao que pedimos

por Bárbara Bezerra
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Brett, por que o papai ama você?

Essa pergunta foi feita por Marshall Rosenberg quando seu filho mais novo tinha apenas 3 anos. A verdade é que ele não sabia se estava comunicando seu amor incondicional a seus filhos.

E Brett responde:

Por que eu faço cocô na privada?

– Bem, eu realmente gosto disso, mas não é por isso que eu te amo.

Então é porque eu não jogo mais a comida no chão?

– É verdade, eu gosto quando a comida fica no prato, mas não é por isso que eu te amo.

Brett ficou muito sério, olhos nos olhos do pai e perguntou:

Então por que você me ama?

– Eu te amo porque você é você!

No final, Marshall ficou meio arrependido por fazer uma pergunta tão abstrata para uma criança de 3 anos, mas passado algum tempo ele voltou sorrindo e disse: Ah, então você me ama porque eu sou eu, né papai?

O Marshall ficou triste quando seu filho fala que ele o amava porque ele fazia cocô na privada porque Marshall sabia que naquela época as respostas que ele dava aos filhos quando eles o obedeciam ou não eram bem diferentes.

O que Marshall conclui nessa história é que devemos mostrar o mesmo grau de respeito quando as pessoas fazem o que pedimos e quando não o fazem.

Devemos demonstrar empatia e tentar se “esticar” até a outra pessoa pra entender porque ela não fez o que pedimos e estudarmos maneiras de motivá-la a fazer de forma voluntária o que precisamos.

Essa e algumas colunas serão baseadas no livro Criando filhos compassivamente, de Marshall Rosenberg, da editora Palas-Athena.

Desejo a todos uma semana iluminada!

Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.

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Capa: Photo by Kelli McClintock on Unsplash

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