Sabemos que a doença COVID-19, causada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, é uma pandemia, ou seja, já atravessou os oceanos e se espalhou pelo mundo.
Sabemos também que a única maneira de não se contaminar é NÃO entrando em contato com esse vírus, através da prevenção.
O Ministério da Saúde no seu relatório situacional, recentemente publicado, apresentou dados sobre essa pandemia e medidas de prevenção, e entre elas há o uso do álcool em gel além da ingestão adequada de água e a frequência de hábitos saudáveis, com propósito de melhora do sistema imune.
E aqui começa a nossa conversa.
Estão postando nas redes sociais (mensagens, áudios e vídeos) orientações diversas sobre terapias salvadoras na área da nutrição. Entretanto, o Conselho Federal de Nutricionistas informa que NÃO EXISTEM PROTOCOLOS TÉCNICOS NEM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS QUE SUSTENTEM ALEGAÇÕES MILAGROSAS.
O que existe de concreto é que somente o consumo habitual de alimentos ricos em micronutrientes e substâncias bioativas podem melhorar a imunidade e reduzir o risco de adoecer, mas isso não substitui as medidas de prevenção divulgadas por autoridades médicas.
O que são “micronutrientes e substâncias bioativas?
Micronutrientes são vitaminas e sais minerais, presentes principalmente nos vegetais e frutas frescas (Ex: Vit C, Vit A, Vit do complexo B, ferro, zinco, selênio etc.).
Substâncias bioativas são compostos fitoquímicos presentes nos vegetais, frutas, sementes, temperos naturais que atuam no melhor funcionamento do organismo, além de combater os radicais livres, ter ação anti-inflamatória, ação antiviral etc.
Exemplos dessas substâncias: Licopeno (tomate), resveratrol (uva), flavonoides (alho, cacau), quercetina (cebola, brócolis), fitoesterois (sementes e nozes).
Agora a prioridade é consumir alimentos que contenham esses nutrientes, seguindo a orientação da Organização Mundial da Saúde de comer 5 porções diárias de frutas e hortaliças.
Em nada contribuirá para a saúde comer alimentos industrializados, pobres em nutrientes, bem como massas, pães, biscoitos, frios, embutidos.
Ter uma alimentação rica em nutrientes seria:
- Consumir um prato de comida bem colorida contendo cereais, grãos e vegetais, uma fruta como sobremesa (vitaminas e substâncias bioativas). Onde o prato principal seja uma carne branca e magra ou ovo (fontes de ferro e zinco), preparados com azeite e sem frituras. Nenhum lanche consegue fornecer essa combinação de nutrientes.
- Lanches recheados com patê de ricota e legumes ou tomate com verduras.
- Petiscos como castanhas, nozes e sementes (fontes de selênio) ou frutas picadas, ao invés de biscoitos, bolos recheados ou salgadinhos fritos/ assados.
Ingestão adequada de água significa: é mais importante a frequência do que a quantidade total por dia. Beba um copo de água por hora, ou chás.
Prefira suco de frutas cítricas frescas ao invés de refrigerantes (a vitamina C aumenta o número de células defesa).
Para ajudar o sistema imunológico seria ideal reforçar o número de bactérias benéficas que vivem na microbiota intestinal pois elas fazem uma barreira de proteção no intestino. Leite fermentado e iogurtes são boas fontes desses microrganismos.
Alimentos não curam virose, mas eles fornecem os nutrientes para o sistema imunológico fabricar anticorpos que podem curar o corpo contra essa e outras doenças.
Edina Aparecida T. Trovões
Nutricionista CRN3-1579
e-mail – [email protected]
Matéria publicada inicialmente na Revista City Penha
2 comentários
Obrigada, Edna pela rica orientação.
Obrigada por seu comentário! Temos várias matérias sobre alimentação saudável que pode interessar você também! Abração!!