A sexualidade é um dos aspectos mais importantes da vida, enquanto vida tivermos – essa é uma grande verdade!!
Porém, no envelhecimento, homens e mulheres precisam encarar as transformações físicas e emocionais que podem afetar a vida sexual, a afetividade e autoestima. É preciso adaptar-se à essa nova fase de vida, reinventando-se continuamente. 🙂
Para a mulher, a redução do hormônio feminino (estrogênio) na menopausa pode provocar disfunções sexuais como redução da lubrificação vaginal (vagina seca), diminuição do desejo sexual (libido)), dor ou ardor na relação sexual (dispareunia), e contração involuntária da vagina (vaginismo).
Mas o que é dispareunia?
A dispareunia – dor, ardor ou desconforto na penetração durante a relação sexual é considerada primária quando acontece desde a primeiro ato sexual, persistindo durante a vida. É considerada secundária quando aparece anos depois de relações sexuais satisfatórias e sem dor.
São várias as causas do desconforto tais como: inflamações ginecológicas, infecção urinária, lesões de pele ao redor da vulva, mioma uterino e outros. A dor também pode ocorrer em função de questões emocionais como tristeza, depressão, ansiedade, estresse.
Depois da menopausa com o ressecamento da vagina pela carência do hormônio feminino aumentam os casos de dispareunia.
E o vaginismo?
O vaginismo é a contração involuntária dos músculos da vagina, dificultando a penetração e causando dor na relação sexual. Também é considerado primário quando acontece desde a primeira relação sexual e secundário quando ocorre depois de anos de relações satisfatórias.
Importante saber que o vaginismo pode ocorrer em função da dispareunia. A mulher passa a contrair os músculos da vagina com medo da dor da penetração.
É frustrante para a mulher não ter uma relação sexual com o mesmo prazer de antes, mas muitas (especialmente as que tiveram uma educação mais repressora) preferem calar-se, suportar a dor durante a penetração porque consideram que isso faz parte da sua vida conjugal. Conformam-se com a condição e não expõe seus problemas nem para o parceiro de longa data.
Mas como lidar com a dispareunia e o vaginismo?
O tratamento vai depender das causas da dor e desconforto na relação sexual, mas se for secura vaginal provocada pela carência do estrógeno há muitas possibilidades de cuidados, vamos falar sobre algumas delas?
Converse com o parceiro sexual
Muitas mulheres tem dificuldade em expor a condição para o parceiro sexual, o que leva a sentimentos de frustração, raiva, culpa e distanciamento. É importante que o homem compreenda junto com a mulher que a dor e a contração vaginal é uma condição real que precisa ser avaliada e tratada com seriedade. A mulher não está criando caso!!
Precisamos superar a dificuldade e propor o diálogo, acreditando que o sexo é natural e que podemos viver boas experiências depois da menopausa.
Capriche nas preliminares
As rapidinhas do passado quando o corpo feminino respondia mais rapidamente ao apelo sexual podem ser substituídas pela caprichadinhas que podem ser muito prazerosas. Você tem mais tempo? Filhos crescidos? Capriche nas preliminares. Namore bastante, faça pausas no namoro. Para que a pressa? As preliminares aumentam o tempo de prazer e podem ser agradáveis para homens e mulheres.
O carinho e o toque antes da penetração ajuda (e muito) na excitação e na lubrificação vagina na mulher em menopausa.
Use Gel Lubrificante Íntimo
Existem no mercado várias marcas de gel lubrificantes à base de água que devem ser colocados minutos antes da penetração sexual e que substituem de uma forma bem satisfatória a lubrificação natural. Converse com o parceiro sobre isso, inclua-o na colocação. Lembre: o gel pode fazer parte do jogo sexual.
Experimente, oriente suas amigas a fazê-lo também!! Há muitas mulheres que desconhecem isso.
Invista na sua Autoestima
Há vários fatores fisiológicos e culturais que nos desafiam e contribuem para a baixa autoestima no envelhecimento: rugas, cabelos brancos, pele seca, diminuição da lubrificação vaginal…
Mas esse é um bom momento para vivermos. Podemos usar o aprendizado da maturidade e olhar para nós mesmos com um olhar mais amoroso e compreensivo, investindo no respeito próprio e no autoconhecimento e autoestima.
Faça exercícios que fortaleçam o Músculo do Assoalho Pélvico
Recentemente publicamos no blog informações sobre como realizar os Exercícios de Kegel que fortalecem o músculo do Assoalho Pélvico, prevenindo incontinência urinária e fecal, flacidez pós parto e outros problemas do assoalho pélvico como “bexiga caída”, por exemplo. Podem ajudar também a melhorar o prazer sexual e a possibilidade de atingir o orgasmo.
Procure ajuda médica
É muito importante conversar com seu médico sobre o assunto, que vai investigar e propor um tratamento de acordo com a origem da dor e desconforto.
Para algumas mulheres o médico poderá indicar a reposição hormonal e uso de pomadas ginecológicas hormonais (que ajudam muito). As consultas com o médico para tratar de assuntos da mulher, devem ser no mínimo anuais.
Se necessário busque ajuda psicológica
É importante sair da suposta zona de conforto de não tocar no assunto e não encarar a realidade. As chances de termos uma vida sexual prazerosa depois da menopausa são grandes quando existe a vontade de encarar o problema e buscar as possibilidades de tratamento e mudanças. Se necessário procure ajuda psicológica.
Preocupe-se mais com a falta de cuidado do que com as possibilidades de desenvolvimento dessa área tão importante para o ser humano.
Lembrando que o desenvolvimento da sexualidade é individual e cada pessoa tem sua forma de vivê-la, não podíamos deixar de falar das mulheres que fazem sexo com mulheres. O corpo feminino exige cuidados e atenção iguais e as mudanças da menopausa também.
Todas as informações aqui são válidas para toda a forma de prática sexual com penetração, incluindo instrumentos ou brinquedos sexuais, ok?
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Foto: Pixabay
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3 comentários
[…] Amor […]
Gostaria de saber porque estou sentindo dor na hora de ter relações sexuais .estou com 54 anos e na.menopausa
Olá Rosana, a menopausa causa algumas alterações hormonais e como consequência, diminui a lubrificação natural da vagina. Mas há recursos para minimizar isto. O ideal é você consultar um médico ginecologista para avaliação e para orientação da necessidade do uso de cremes vaginas a base de hormônio.
Um recurso interessante é o uso do gel lubrificante a base de água na hora da relação. Você pode saber mais sobre ele no link https://viverdepoisdos50.com/2014/03/depois-dos-enta-experimenta-gel-lubrificante-intimo/
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Abração