SAL DE ERVAS, SAL MARINHO, SAL LIGHT, SAL ROSA DO HIMALAIA ou SAL DE COZINHA: qual é melhor?
O sal de cozinha contém sódio, um mineral essencial para o organismo, pois não é produzido por nenhuma célula e precisa ser ingerido regularmente e controlado com atenção e é desse mineral que iremos falar: o SÓDIO.
O sódio é responsável pela distribuição de água no organismo e pelo volume de sangue presente nos vasos. Ele controla a passagem de líquidos entre a célula e o meio extracelular e também a permanência desses líquidos nesses locais (controle entre meios mais concentrados e menos concentrados) fenômeno conhecido como pressão osmótica, por isso sua relação com a pressão arterial e retenção de líquidos ou inchaço.
O grande problema do sódio é o consumo excessivo que interfere no controle das quantidades de líquidos presentes no corpo. O sódio, por sua ação, aumenta o risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais e câncer gástrico.
O sódio está presente na maioria dos alimentos com exceção das frutas. Raramente irá acontecer deficiência por falta de ingestão. A deficiência pode ocorrer em jejuns prolongados ou por perdas através de vomito, diarreia, suor excessivo ou por uso de drogas que aumentam a eliminação desse mineral, ou por doenças que interfiram na absorção e no metabolismo dele.
O consumo de sódio, na alimentação do dia a dia, é muito maior que necessidades nutricionais e com isso aparecem os prejuízos. Ele é muito utilizado, quer seja para acentuar o sabor do alimento e das preparações culinárias (sal de cozinha) ou para evitar o crescimento de microrganismos (sódio em produtos industrializados, inclusive em doces como biscoitos e refrigerantes).
O ideal seria consumir até 2.400 mg de sódio ao dia, que equivale a 5 g de sal de cozinha. No entanto, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 2008-2009, o brasileiro consome aproximadamente 11,4 g, ou seja, mais que o dobro do ideal*.
Diminuir o consumo de sódio é o maior desafio e aparecem as dúvidas: qual o melhor sal a escolher?
- Sal de Cozinha: passa por um processo de refinamento em que é retirada a maioria dos seus minerais, com a exceção de sódio e cloreto, e são acrescentados produtos químicos para sua “limpeza” e branqueamento.
- Sal de Ervas: é uma mistura de partes iguais de sal de cozinha, orégano, manjericão, alecrim ou outra erva aromática seca. O objetivo seria diminuir a quantidade de sal (sódio) consumida.
- Sal Marinho: é mais puro que o sal de cozinha, pois não passa por processos de refinamento, conservando quantidade superior de minerais, mas com valores de sódio semelhantes ao sal de cozinha.
- Sal Light: é uma mistura de 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio, assim contem menos sódio, mas em contrapartida tem potássio que pode ser contraindicado na presença de doenças renais.
- Sal Rosa do Himalaia: não passa pelo processo de refinamento e branqueamento e contem outros minerais além do sódio.
Sugestão: O Sal de Ervas é o mais interessante por oferecer menos sódio por grama, preparado com sal marinho.
Porém, ao invés de se preocupar com a escolha do tipo de sal devemos primeiro prestar atenção na quantidade de sal utilizada e evitar o consumo de alimentos industrializados, pois qualquer que seja o tipo escolhido a recomendação é utilizar o mínimo possível.
Edina Aparecida.T.Trovões
Nutricionista CRN3-1579
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Foto de Capa: Pompi – Pixabay
Matéria publicada inicialmente na Revista City Penha