Um pouco de sua história e falando de prazeres que valem a pena infringir a dieta:
Foram os Portugueses que apresentaram a rabanada ao Brasil, mas não se sabe ao certo quando ela começou a fazer parte da Ceia de Natal. Como adotamos a tradição Italiana de comer panetone na ceia de Natal, provavelmente a rabanada se consagrou como uma tradição Luso-Brasileira.
Sem saber ao certo a origem da rabanada (e por que recebe esse nome), a versão mais aceita é que essas fatias de pão amanhecido molhadas no leite (ou no vinho) passadas em ovos batidos e fritas, provavelmente surgiu com a ideia de reaproveitamento de pão velho.
A tradição cristã entende que pão tem uma simbologia sagrada e que não deve ser jogado fora, e nada mais apetitoso que criar uma receita doce para reaproveitar esse pão. Depois de fritas, são servidas passadas no açúcar com canela ou regadas com calda de açúcar ou mel.
Em Portugal, outrora, dependendo da região, a rabanada era conhecida como “fatias douradas” ou “fatia de mulher parida” ou “Fatia de Parida”. Esse nome foi dado porque era oferecido às mulheres que haviam parido e amamentavam, com a crença que a preparação ajudava na produção de leite materno.
Em vários países do mundo é possível provar essa mesma receita ou similar. Nos Estados Unidos é conhecida como French toast, na França pode ser encontrada como Pain Perdu e na Inglaterra é Eggy Bread.
Preparações como a rabanada são comuns nas festas espanholas da Quaresma e da Semana Santa e também podem ser encontradas em algumas partes do México.
Como já dito, a rabanada é uma preparação doce, típica das festas de Natal e segundo seus admiradores, ao ser consumida confere uma sensação prazerosa de bem-estar que até arriscamos dizer que ela faz bem para a saúde mental, embora não esteja na lista dos pratos mais saudáveis do ponto de vista da saúde física.
Como comer é um ato intuitivo e que acaba envolvendo não só os aspectos biológicos, mas também os aspectos socioculturais e emocionais. comer rabanada na Ceia de Natal pode infringir a dieta, por ser calórica, usar muito açúcar, gordura e farinha branca, mas carrega valores e prazeres que superam a baixa qualidade nutricional dos seus ingredientes.
Além do mais, quando o assunto é alimentação e saúde, saibam que não existe um único alimento vilão que engorda ou que causa doença, assim como não há um único alimento capaz de promover a saúde completa.
Não existe uma única receita de rabanada. Cada família tem a sua e sempre aparece uma diferente, graças a formação de novos chefs e a necessidade de se adaptar a receita original às condições de saúde.
Algumas receitas que você pode encontrar na internet:
- Rabanada tradicional
- Rabanada tradicional com calda: receita tradicional e com calda de açúcar por cima
- Rabanada com leite condensado light caseiro e assada: menos calórica e sem fritura
- Rabanada light: sem o leite condensado (substituído por uvas passas) e assada. Menos calórica
- Rabanada funcional: preparada com alimentos que conferem vários benefícios para a saúde: pão integral, ovos, leite vegetal e grelhada no óleo de coco.
- Rabanada para diabéticos: pão integral e substitui o açúcar por adoçante
- Rabanada recheada com doce de leite, Nutella, chocolate: com sabores e calorias extras.
Escolha sua receita preferida e lembre-se, você pode comer rabanada durante todo o ano, sem a necessidade de exagerar nessa ceia.
Edina Aparecida T. Trovões
Nutricionista CRN3- 1579
e-mail: [email protected]
Matéria publicada inicialmente na Revista City Penha
3 comentários
[…] Alimentação Saudável […]
Como resistir???
A sabedoria está em comer moderadamente e completar com exercícios
E ai ” a gente vai levando”
Feliz Natal
A gente vai levando!! 😘❤️