Descobri a pressão alta (hipertensão) no exame médico para renovação da carteira de motorista. Era como receber um presente sem fita de cetim.
A notícia me causou tamanha estranheza que a orientação para procurar acompanhamento médico parecia estar sendo dirigido à outra pessoa. A onipotência humana cega – acreditamos que as consequências de maus hábitos pesam apenas para o outro.
Embora não tenha histórico familiar de hipertensão (o problema é herdado dos pais em 90% dos casos), mantinha hábitos de vida que somados resultaram neste diagnóstico. Vivia um momento de estresse no trabalho, vida sedentária, excesso de peso, aumento da circunferência abdominal, dieta inadequada.
Enquanto tentava digerir a novidade, uma amiga comentou – “Não se preocupe, ser hipertensa é bem simples, basta tomar os comprimidinhos pela manhã… e pronto!!”
Falar com ela ajudou no início do tratamento, mas para minha sorte percebi que cuidar da hipertensão exige um movimento maior que levar as mãos à boca com os dois comprimidos receitados pelo clínico.
Meu corpo avisava que era preciso rever todo o meu estilo de vida! Mas para isto eu precisava ter mais informações. Compartilho com vocês o resultado da minha pesquisa:
Segundo o Ministério da Saúde: “Os idosos com mais de 65 anos são os mais afetados pela hipertensão. Ao todo, 60,9% dessa população que vive nas capitais brasileiras afirma ter o diagnóstico. Dados do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) mostram 388,7 mortes por dia em 2017″.
Quais são os níveis ideais de pressão arterial?
A Organização Mundial de Saúde considera desejável a pressão arterial igual ou menor que 120 por 80 mmHg (milímetros de mercúrio). Se a pressão alcança níveis maiores que 140 por 90 mmHg (14 por 9), por longo período, é considerado hipertensão.
Ainda segundo o Ministério da Saúde: “A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.”
E quais os sintomas da hipertensão?
É uma doença silenciosa e grande parte das pessoas não apresentam sintomas. Esta é uma das dificuldades para descobrir a hipertensão e também para a adesão ao tratamento.
Quando a pressão sobe muito ou não é tratada por tempo prolongado, a pessoa pode sentir: dores de cabeça, dor na nuca, vômito, falta de ar, zumbido no ouvido, tonturas, dores no peito, fraqueza, agitação, visão embaçada e sangramento nasal.
O que pode causar o aumento da pressão?
- Consumo de bebidas alcoólicas
- Fumo
- Estresse
- Excesso de peso / obesidade
- Consumo de sal elevado – consumo de alimentos ultraprocessados
- Níveis altos de colesterol
- Sedentarismo – falta de atividades físicas.
Sabe-se que a incidência da hipertensão é maior em pessoas da raça negra, em diabéticos e aumenta o risco com a idade.
Qual o tratamento para pressão alta?
Uma vez diagnosticado, a hipertensão é para o resto da vida. Não há cura, mas tem tratamento e controle. Apenas o médico pode decidir qual o melhor acompanhamento para cada pessoa.
E como prevenir ou evitar consequências da hipertensão?
Em resumo , é hora de rever nosso estilo de vida e adotar práticas mais saudáveis, como:
- Escolher uma alimentação mais saudável;
- Evitar consumo de alimentos gordurosos;
- Reduzir o consumo de sal;
- Manter o peso adequado;
- Praticar atividade física;
- Abandonar o fumo;
- Diminuir o estresse, adotando práticas de lazer;
- Moderar o consumo de álcool
- Manter o controle do diabetes;
- Controlar a pressão arterial;
- Visitar o médico regularmente.
Há um provérbio popular que diz: “Há males que vem para o bem“. Descobrir precocemente a pressão alta e estar consciente da necessidade de mudanças no estilo de vida pode significar o inicio de uma vida muito mais saudável!
Para saber mais: