A medida que envelhecemos ficam notórias as mudanças no corpo, tanto estéticas como funcionais.
A juventude da pele vai diminuindo, ossos ficam mais frágeis, cartilagens sofrem alterações afetando as articulações e com isso podem aparecer as dores e algumas doenças como a osteoporose.
Tudo isso tem uma explicação: com o passar dos anos o corpo deixa de produzir (em quantidade suficiente) colágeno e elastina que são partes do tecido conjuntivo e que dão força, sustentação e flexibilidade a pele, ossos e articulações e que são vitais para a saúde e juventude desses órgãos.
O que é colágeno?
É uma proteína, ou seja, um construtor de estrutura. Nosso corpo é repleto de proteínas e 25 a 30% delas são de colágeno. Isso porque ele está presente principalmente nas cartilagens, pele, tendões, ossos, veias, dentes, músculos e na córnea dos olhos.
Cada parte do corpo possui um tipo de colágeno específico, adequado a sua função.
Quais alimentos são fontes de colágeno?
Uma alimentação equilibrada ajuda a evitar perdas excessivas de colágeno, sendo que alguns alimentos se sobressaem nessa missão, quer seja por ser fonte de colágeno, por estimular sua produção ou protegê-lo da degeneração:
Fontes: Carnes e ovos são fontes naturais de colágeno por já apresentarem essa proteína na sua composição
Gelatina: rica em aminoácidos importantes para construção de colágeno principalmente pele, unhas e cabelo.
Estimuladores de produção: Frutas cítricas, como laranja, abacaxi, limão, acerola que são fontes de Vitamina C essencial para a ativação do colágeno e Aveia por contem silício, necessário a produção do colágeno
Agentes de proteção: Alimentos antioxidantes que eliminam os agressores da célula protegendo o colágeno: nozes, castanhas, amêndoas, vegetais e frutas cor laranja, tomate, frutas vermelhas e chá verde.
Gelatina comercial funciona mesmo para produção de colágeno?
Sim! Segundo um estudo publicado no Brazilian Journal Food Techonology*, a gelatina tem concentrações elevadas dos aminoácidos arginina, prolina, glicina e alanina suficientes para estimular a produção de colágeno nas cartilagens e outras partes do corpo.
Mas lembre-se, para o corpo produzir colágeno não basta a gelatina, ele precisa de outros nutrientes como descrito acima.
E sobre os suplementos de colágeno?
Por algum tempo a suplementação de colágeno foi controversa, porque ingerir a proteína de colágeno não é garantia que ela será convertida em colágeno no corpo.
Durante o processo de digestão e absorção o estomago digere o colágeno quebrando-o em pequenas partes. Após sua absorção pelo intestino, o corpo poderia não conseguir remontar essa mesma estrutura do colágeno, por incapacidade devido ao envelhecimento.
No entanto, estudos mostram que a suplementação de colágeno gera efeitos benéficos.
Os suplementos mais conhecidos são colágeno tipo I ou hidrolisado e o colágeno tipo II não hidrolisado.
O colágeno hidrolisado parece ter uma ação mais específica na pele (sustentação e flacidez), unhas e cabelos e até ossos, enquanto que o colágeno não hidrolisado está sendo recomendado para artrite reumatoide e artroses.
Suplementar colágeno não é tarefa fácil. Deve ser levado em consideração o tipo de colágeno, a necessidade do corpo e a combinação com outros nutrientes, caso contrário não aparecerá o efeito desejado.
O ideal é que um profissional qualificado prescreva o tipo e a dosagem certa para cada caso.
Edina Aparecida T. Trovões
Nutricionista CRN3- 1579
email: [email protected]
Matéria publicada na Revista City Penha