Colágeno para Mulheres retarda o envelhecimento. E o que mais?

por Edina A T Trovões
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A medida que envelhecemos ficam notórias as mudanças no corpo, tanto estéticas como funcionais.

A juventude da pele vai diminuindo, ossos ficam mais frágeis, cartilagens sofrem alterações afetando as articulações e com isso podem aparecer as dores e algumas doenças como a osteoporose.

Tudo isso tem uma explicação: com o passar dos anos o corpo deixa de produzir (em quantidade suficiente) colágeno e elastina que são partes do tecido conjuntivo e que dão força, sustentação e flexibilidade a pele, ossos e articulações e que são vitais para a saúde e juventude desses órgãos.

O que é colágeno?

É uma proteína, ou seja, um construtor de estrutura. Nosso corpo é repleto de proteínas e 25 a 30% delas são de colágeno. Isso porque ele está presente principalmente nas cartilagens, pele, tendões, ossos, veias, dentes, músculos e na córnea dos olhos.

Cada parte do corpo possui um tipo de colágeno específico, adequado a sua função.

Quais alimentos são fontes de colágeno?

Uma alimentação equilibrada ajuda a evitar perdas excessivas de colágeno, sendo que alguns alimentos se sobressaem nessa missão, quer seja por ser fonte de colágeno, por estimular sua produção ou protegê-lo da degeneração:

Fontes: Carnes e ovos são fontes naturais de colágeno por já apresentarem essa proteína na sua composição

Gelatina: rica em aminoácidos importantes para construção de colágeno principalmente pele, unhas e cabelo.

Estimuladores de produção: Frutas cítricas, como laranja, abacaxi, limão, acerola que são fontes de Vitamina C essencial para a ativação do colágeno e Aveia por contem silício, necessário a produção do colágeno

Agentes de proteção: Alimentos antioxidantes que eliminam os agressores da célula protegendo o colágeno: nozes, castanhas, amêndoas, vegetais e frutas cor laranja, tomate, frutas vermelhas e chá verde.

Gelatina comercial funciona mesmo para produção de colágeno?

Sim! Segundo um estudo publicado no Brazilian Journal Food Techonology*, a gelatina tem concentrações elevadas dos aminoácidos arginina, prolina, glicina e alanina suficientes para estimular a produção de colágeno nas cartilagens e outras partes do corpo.

Mas lembre-se, para o corpo produzir colágeno não basta a gelatina, ele precisa de outros nutrientes como descrito acima.

E sobre os suplementos de colágeno?

Por algum tempo a suplementação de colágeno foi controversa, porque ingerir a proteína de colágeno não é garantia que ela será convertida em colágeno no corpo.

Durante o processo de digestão e absorção o estomago digere o colágeno quebrando-o em pequenas partes. Após sua absorção pelo intestino, o corpo poderia não conseguir remontar essa mesma estrutura do colágeno, por incapacidade devido ao envelhecimento.

No entanto, estudos mostram que a suplementação de colágeno gera efeitos benéficos.

Os suplementos mais conhecidos são colágeno tipo I ou hidrolisado e o colágeno tipo II não hidrolisado.

O colágeno hidrolisado parece ter uma ação mais específica na pele (sustentação e flacidez), unhas e cabelos e até ossos, enquanto que o colágeno não hidrolisado está sendo recomendado para artrite reumatoide e artroses.

Suplementar colágeno não é tarefa fácil. Deve ser levado em consideração o tipo de colágeno, a necessidade do corpo e a combinação com outros nutrientes, caso contrário não aparecerá o efeito desejado.

O ideal é que um profissional qualificado prescreva o tipo e a dosagem certa para cada caso.

Edina Aparecida T. Trovões

Nutricionista CRN3- 1579

email: [email protected]

Matéria publicada na Revista City Penha

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