Dieta flexitariana é uma forma de alimentação saudável, que previne inúmeras doenças, ajuda na perda de peso e pode acrescentar anos à sua vida. Uma alimentação mais natural, predominantemente composta por grãos integrais, raízes, sementes, legumes e frutas, mas que não exclui o consumo eventual de carnes.
A palavra “flexitariana” é a junção das palavras flexível com vegetariana. Lançada pela nutricionista americana Dawn Jackson Blatner, há uma década atrás foi revisada por uma equipe de especialistas em alimentação e nutrição e foi muito bem aprovada.
“Ao comer mais vegetais e menos carne, sugere-se que os adeptos à dieta não só percam peso, mas também melhorem a saúde geral, diminuam a taxa de doenças cardíacas, diabetes e câncer, e vivam mais tempo como resultado”.
Na última avaliação anual das “Melhores Dietas do ano”, divulgada pela U.S. News & World Report, autoridade global em classificações e conselhos ao consumidor, a dieta flexitariana aparece entre as três primeiras mais recomendadas para: perda de peso, para pessoas com diabetes, como alimentação saudável e as mais fáceis de seguir.
Como seria essa alimentação?
A dieta flexitariana é composta, predominantemente, por aqueles alimentos que compõem uma dieta vegetariana, mas sem ser vegetariana. Ela permite o consumo eventual de carnes, em pequena quantidade de uma até três vezes na semana.
Com base na alimentação vegetariana, a dieta flexitariana seria composta de:
Os vegetarianos estritos (que não consomem leite, laticínios e nem ovos) acabam adotando a dieta lactovegetariana substituindo o leite de vaca por leite vegetal enriquecido com cálcio.
Como uma tendência mundial à redução no consumo de carnes, a dieta flexitariana é uma boa opção para aquelas pessoas que valorizam o maior consumo de alimentos vegetais sem abrir mão de uma ou outra opção de carne, de sua preferência.
Pessoas adeptas a essa dieta se permitem mais compartilhar refeições junto com familiares ou amigos que não são vegetarianos consumindo, nessa refeição, uma porção pequena de carne, qualquer que seja o tipo.
Esse consumo eventual, em pequenas quantidades, não acarretará o acúmulo de gordura ruim no sistema circulatório enquanto que a predominância do consumo de cereais integrais, vegetais e frutas aumentará a proteção contra diversos tipos de câncer, contra a obesidade, pressão alta e diabetes.
Essa dieta propõe um equilíbrio entre a oferta de nutrientes ao corpo e a preservação do meio ambiente. Ao reduzir o consumo de carnes, diminui-se os danos que a produção agropecuária causa ao planeta, com o desmatamento e o grande consumo de água.
A dieta flexitariana pode também ser uma proposta de transição para as pessoas que desejam parar de consumir carnes. Segundo o departamento de medicina e nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira, 60,1% das pessoas que elegem a dieta vegetariana o fazem por juízo de valores ou por questões éticas e, portanto, a dieta flexitariana permite um certo equilíbrio entre as questões de valores/éticos e as necessidades nutricionais.
Edina Aparecida T. Trovões
Nutricionista CRN3- 1579
email: [email protected]
Matéria publicada inicialmente na Revista City Penha