Hoje acordei com uma sensação de que cada dia é um dia a menos. Por mais que ouça “mais um dia de vida” sinto que é menos um, uma oportunidade a menos, um dia a menos pra ser feliz e que somente nós somos os responsáveis pela história que tivemos e pela que ainda podemos escrever.
Da sacada olhei para o céu e vi o sol brilhando, a vida seguindo e percebo que se não fizer dela o melhor e o melhor de mim, nada fará sentido.
Sinto que muitas coisas estão mudando e que talvez o amanhã não aconteça como antes… o que foi quebrado talvez não possa ser acertado, talvez não tenha chances de consertar porque a vida não espera.
Acreditamos que temos muito tempo… mas o tempo não nos dá esse tempo. A vida muda, algumas coisas saem, outras chegam, mas o tempo não espera, não olha para trás e não faz perguntas. Mas cobra e nos mostra verdades, até as que ignorávamos ou que nem considerávamos verdade.
O tempo não cuida e nem se encarrega, ele apenas passa e deixa a vida seguir seu rumo, nós temos que cuidar, nós somos responsáveis. Só nós podemos fazer acontecer. Esperar pelo tempo do tempo só nos trará frustração e envelhecimento.
A felicidade não bate em nossa porta antes de entrar, ela entra desde que encontre a porta aberta. Se a mantivermos fechada, só nos restará bater em outras portas e descobrir o que pode estar por trás delas. Sinto isso, sinto que há uma porta se fechando em minha vida e a chave que sempre a abriu talvez não sirva mais, ou mesmo que sirva, talvez tenha dificuldade em abri -la novamente.
Hoje olho para o sol de inverno e seu brilho tênue me faz pensar e sentir que as respostas estão todas dentro de mim o tempo todo, bem guardadas. Não estão ao vento e nem à espera do acerto do tempo. Há em mim vida e movimento para encarar, aceitar e modificar as coisas que possa transformar.
Nesta manhã olho para a vida e percebo que o sol ilumina a minha sacada e traz luz e esperança ao meu coração e penso: a vida urge, o tempo cobra e eu estou pronta para olhar e decidir o que fazer com as minhas portas.
E você? Como estão as suas portas?