Publico, logo existo

por Colaboradora Especial

Resolvi escrever novamente a respeito das novas mídias, pois penso que esse assunto mexe com todos nós. Segundo alguns sociólogos, pessoas nascidas entre 1946 e 1964 são chamadas de geração “baby boomers”. Essas pessoas viveram parte de suas vidas num mundo permeado, entre outras coisas, de limites e fronteiras.

Porém, com a chegada dos computadores, internet e celulares, as fronteiras se dissiparam e as pessoas na ânsia de se adaptar a esse novo mundo começaram a usar esses recursos, a princípio de maneira tímida, mas depois de maneira quase que compulsiva.

São fotos, curtidas e uma infinidade de postagens onde as pessoas expressam sua opinião, muitas vezes de maneira agressiva, a respeito de tudo. Parece que de uma hora para outra todo mundo virou especialista em economia, política, legislação, educação, ou seja, todo mundo possui uma opinião definitiva sobre algo que na maioria das vezes, não conhece. Outro fato que chama a atenção nas redes sociais é o excesso de gente feliz. Parece que somos obrigados a sermos felizes o tempo todo, pode reparar todo mundo posta foto feliz.

Isso talvez explique o aumento do consumo de remédios por pessoas que muitas vezes não estão doentes, apenas estão tristes. Dizem os estudiosos que uma das características do mundo atual é o individualismo e a quantidade de postagens e seguidores que as pessoas têm nas redes sociais. Hoje “Ser, é publicar”. A série “Black Mirror” (Netflix) trata dessa e de outras questões do mundo atual. Vale a pena assistir.

Mª de Lourdes C F Cruz – Psicopedagoga e pedagoga

Professora aposentada da Rede Municipal de São Paulo formada em Pedagogia com especialização em deficiência intelectual pela UNICID e Psicopedagoga pelo Mackenzie.

Texto publicado em Magalu

Fotos de capa: Pexels

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