Você pensa que apenas humanos usam fantasias em festas de Carnaval?
Pela matéria escrita pela nutricionista Edina A. T.Trovões você vai entender que não. Os alimentos industrializados também podem vir fantasiados 🙂
Ou melhor – como na fantasia, o nome de alguns alimentos não revelam, de fato, os ingredientes utilizados em sua fabricação.
Leia a matéria que vale muito a pena!! Você vai entender a importância de ver melhor o que consome. Confira!
Alimentos que parecem que são, mas não são!
Todos os dias novos produtos alimentícios chegam aos supermercados, para nossa alegria e às vezes desespero.
E para ganhar da concorrência muitos fabricantes lançam mão de estratégias de marketing que valorizam ou realçam qualidades do produto, acima do que realmente é, ou substituem algum ingrediente, geralmente por outro sem muito valor nutricional, para tornar o produto mais atraente, barato e assim superar o concorrente.
Até ai, sem grandes problemas, nada ilegal, a questão é que se corre o risco de acreditar que está comprando e consumindo um produto (seja lá qual for) e, na verdade, está consumindo algo diferente.
Para esclarecer melhor essa questão, pesquisadores do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) visitaram vários supermercados na busca de produtos que apresentavam em sua embalagem uma propaganda e no rótulo nutricional uma lista de ingredientes que não condizia com o que estava sendo ofertado.
Esses produtos foram analisados e depois avaliados por especialistas no assunto e o IDEC divulgou os seguintes achados:
- Hambúrguer sabor X-picanha: a propaganda leva o consumidor a crer que esse hambúrguer é preparado a partir da picanha (parte específica de corte bovino, muito suculento) quando na realidade na lista de ingredientes consta: carne bovina e carne de frango, sabor picanha. Sabor picanha não significa que o corte utilizado tenha sido a própria picanha.
- Linguiça tipo calabresa: A linguiça calabresa é aquela preparada exclusivamente com carne suína, porém na lista de ingredientes deste tipo de linguiça encontra-se carne suína, carne mecanicamente separada de aves, proteína de soja.
- Requeijão: é um produto preparado a base do coalho do leite de vaca, porém, alguns fabricantes substituem parte desse coalho por amido de milho para aumentar o volume e assim tornar o produto mais barato. Certamente o preço será menor, assim como o sabor.
- Mel de abelha: consta na propaganda da embalagem que o produto é Mel (alimento produzido por abelhas a partir da néctar de flores), porém na lista dos ingredientes foi encontrado melado de cana.
- Cereja ao marrasquino: alguns fabricantes substituem a fruta cereja por legume (chuchu) cortado no mesmo formato, adoçado e colorido.
Prestar atenção na lista de ingredientes que compõem o produto é muito mais interessante (e importante) do que ler a propaganda que o fabricante faz na embalagem do alimento.
Corre se o risco de comprar um produto em desacordo com a necessidade. Outros exemplos conhecidos: muçarela de búfala preparada com mais leite de vaca do que propriamente leite de búfala; pão de forma integral contendo mais farinha de trigo beneficiada do que farinha de trigo integral; adoçante Stevia que deveria conter apenas esse item, mas contem, também, sacarinas e ciclamato de sódio.
A lista dos ingredientes impressos na embalagem dos alimentos e bebidas está em ordem decrescente de quantidade. Ou seja, o que vem primeiro é o mais presente; o último é o que está em menor quantidade.
Com todo esse alerta, que tal passar a ler com mais atenção às informações do rótulo nutricional?
Por: Edina Aparecida T. Trovões
Nutricionista – CRN3-1579
Email: [email protected]
Telefone Consultório: 2307-1551
Matéria publicada inicialmente em Revista City Penha