Falar ao telefone com o filho depois que ele sai de casa não é a mesma coisa… Mãe quer estar junto… sentir o calor humano! Por que isso? Será que eu sou uma mãe boba?”
O que mais chama a atenção é que essas palavras foram espontaneamente proferidas por uma senhora para uma pessoa desconhecida e em um espaço público. Era visível o sofrimento dessa mulher com a separação do filho que foi estudar no exterior. Muitas mulheres que já passaram por isso compreendem o significado dessa frase.
... Nós colocamos os filhos literalmente embaixo das asas… Para abrí-las e deixá-los voar é complicado… ”
… É natural que tenhamos que refazer a vida depois que os filhos se vão…”
Com essas três frases podemos pensar que cada uma dessas mulheres possa estar vivenciando momentos diferentes da separação do filho e que cada um de nós vai reagir de forma particular.
De maneira geral, observa-se que a dificuldade de adaptação com a saída dos filhos é mais comum entre as mulheres, porém acontece também com os pais.
Embora a maioria dos pais e mães criem seus filhos “para o mundo” é uma barra quando eles alçam vôo! Teremos que passar no mínimo por uma elaboração do significado da palavra Saudade!!
Porém, para muitos de nós o sentimento que precisamos enfrentar pode ser mais do que saudades. Se nossos projetos de vida foram trabalhar, criar os filhos, vê-los crescer, estudar, aprender… agora que os filhos vão viver a própria vida, precisamos encontrar novos rumos para a nossa.
Importante é reconhecer o que está acontecendo com você e procurar ajuda. Não camuflar os sentimentos com explicações racionais do tipo “ele foi para uma conquista, uma coisa boa”… É preciso encarar que está doendo! Poder conversar sobre o assunto com outras pessoas como amigos, companheiro é de extrema importância. Alguns de nós precisam de ajuda profissional, o que também é muito legal! Importante é evitar que o quadro se agrave.
Buscar alguma atividade física como caminhada também ajuda a organizar os pensamentos. É hora de rever e reconstruir os seus próprios projetos de vida. Reinventar. Buscar dentro de você aptidões, talentos, paixões, crenças e atividades que te tragam prazer.
O que você gosta de fazer? Fotografar, dançar, viajar, fazer trabalhos manuais ou promover um chá da tarde com amigos? Olha que universo de atividades que podemos organizar, além de poder curtir o filho(a) de outra forma e em um outro contexto.
Converse com você mesmo e com outras pessoas e descubra as oportunidades que a vida pode lhe trazer!
Maria Aparecida Costa
Para saber mais:
Portal da Educação – Síndrome do Ninho Vazio
FEMMaterna – Encarando com leveza a Síndrome do Ninho Vazio
InfoEscola – Síndrome do Ninho Vazio
Foto: Don DeBold
5 comentários
Ainda bem que agora existe o Skype …. da para , pelo menos, ver os olhinhos …..rsrrs
É…o skype… muito bom Elaine!! Muito bom!! Beijos e obrigada por estar por aqui!!
Fui conhecer a casa onde meu filho mora durante a semana, ele está trabalhando numa cidade distante de casa uns 230 km. Foi bom conhecer e ver como ele está se virando longe da família, o interessante é que agora quando penso nele, imaginando cada momento de sua rotina, tenho algo concreto para me basear, não é mais aquela casa imaginária, sei como é o espaço e isso dá uma sensação de tê-lo por perto. Um percepção nova pra mim, vivendo e aprendendo!
Tania, cada um de nós encontra um jeitinho de aceitar e compreender o filho e a forma como ele escolhe a vida? Isso que é amor, né amiga? Amor não retém… amor liberta! Obrigada pelo comentário!!
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