Ao iniciar esta leitura você pode estar imaginado que o texto traga receitinhas como as de bolo… lamento não corresponder à essa expectativa 🙂
Lidar com filhos adultos é como lidar com outras pessoas, com a diferença que conhecemos cada ponto forte deles… e os frágeis também! Cada filho traz uma preocupação diferente – uns porque dormem muito e outros porque dormem pouco. Uns são ruidosos e outros mais quietos. Será que com essas características conseguem agir ante todo e qualquer desafio que a vida apresenta? E bem sabemos que são muitos!!
Inevitável sentir saudades do tempo em que corriam para a mãe a cada dor de barriga, que não recusavam um colinho, um carinho e que na simplicidade de criança, acatavam a maior parte das nossas sugestões. Mas hoje eles acreditam que podem caminhar seguindo o próprio ritmo e tomando as próprias decisões, mesmo que para nós não pareçam acertadas.
Dá uma vontade enorme de resolver os problemas por eles, queremos o melhor para eles, só que eles já são gente grande… e gente grande cuida das próprias coisas!
Nós só precisamos entender que:
- Tudo que tínhamos que ensinar aos filhos já o fizemos. A criança aprende desde cedo e em todos os espaços que frequenta. Na vida adulta ela deve ter discernimento para tomar posição diante das aulas práticas da vida.
- Devemos confiar na capacidade de auto desenvolvimento dos filhos. Em nossa trajetória tambem tivemos dificuldades e aprendemos no amor e na dor. Devemos a assertividade de hoje às experiências apreendidas nos erros e acertos de ontem!
- Não podemos impor nossa expectativa de vida para eles! Os filhos terão seu próprio caminhar e farão escolhas. Mesmo que discordemos, precisamos estar atentos para respeitar e amparar a escolha da profissão, os relacionamentos afetivos e tantas outros aspectos de suas vidas.
- Devemos permitir que assumam a responsabilidade e consequências de suas escolhas. Pensar que a super proteção é prejudicial ao crescimento do filho ou filha. Precisamos encontrar um equilibrio entre apoiar e não ser permissivos, não facilitando demais a vida deles. Que assumam a própria vida, mas com responsabilidades!
Eles precisam saber que em todo e qualquer percalço da vida estaremos por perto para ouvir, apoiar, amar e ajudá-los a repensar, quando e se necessário!
Maria Aparecida Costa