Hidratação

por Edina A T Trovões

Estudo mostra que água é muito mais do que só hidratar o corpo

Que a água é essencial para quase todas as funções do corpo, como circulação do sangue, digestão, funcionamento dos rins e intestino, saúde da pele, olhos e para as funções especificas de cada célula, a gente já sabia.

Agora, o que novos estudos mostram é que a desidratação leve pode causar outros danos ao corpo, que até então, não pareciam estar relacionados a falta de água.

Vejam que interessante:

O corpo tem mecanismos que “vigia” a quantidade de água que circula por ele. Não pode exceder, mas não pode faltar. Se houver sobras, ele aumenta a eliminação pelo rim e se faltar água, ativa a sede. Essa é a função do hormônio antidiuretico.

O que acontece na prática e por razões desconhecidas é que algumas pessoas possuem um sinal de sede mais “fraco” que outras, são aquelas que bebem pouca água durante o dia, enquanto outras pessoas bebem a quantidade necessária.

Um grupo de estudiosos procurou comparar e entender o que acontece ao corpo nesses dois casos: entre os que bebem pouca água versus os que bebem mais água e o resultado foi muito interessante.

Pessoas que bebem mais água X pessoas que bebem pouca água

O estudo mostrou que a diferença na quantidade de água ingerida por esses dois grupos chega a ser de 1,2 litros/dia.

Uma explicação para isso tem a ver com a motivação em beber água ou não, e a sensação de sede, que no grupo de baixo consumo de água é cerca de 66 a 77% menor que no grupo dos bebedores de água.

O grupo de pessoas que bebem pouca água apresentou urina mais concentrada e em menor volume, mas os níveis sanguíneos indicadores de desidratação como osmolaridade plasmática e sódio sanguíneo, permaneceram normais, o que dificulta um bom diagnóstico.

Além disso e o que foi muito interessante, é que esse grupo de baixo consumo de água apresentou maiores concentrações do hormônio antidiurético e esse por sua vez aumenta o nível de cortisol no sangue (esse é o hormônio do estresse), quando comparado com o grupo que bebe mais água.

Aumento do risco de doenças e envelhecimento cerebral em quem bebe pouca água.

Tudo isso provocado pelo aumento do hormônio antidiurético e cortisol no sangue.

O aumento do hormônio antidiurético facilita a agregação das plaquetas e a formação de placas de gordura nas artérias; estimula a produção de glicose pelo fígado e interfere na liberação de insulina pelo pâncreas.

Soma-se a isso o fato que o aumento do cortisol está presente em várias doenças, como doenças cardiovasculares, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e subtipos de depressão.

A presença constante do cortisol degenera os neurônios do hipocampo, levando ao envelhecimento precoce do cérebro.

O que também é preocupante é que o cortisol tem o poder de retirar água de fora da célula, aumentando sua eliminação através da urina e eliminando também sódio e potássio o que leva o corpo a perder água, quando já tem falta dela.

Falta de água no corpo é assunto sério.

É fato que a maioria das pessoas não apresenta desidratação severa, mas a desidratação leve é mais comum do que se pensa, pois a sede só aparece ou é percebida quando o corpo perde 1 a 2% do seu peso corporal.

Ficar atento ao consumo de água pode fazer uma grande diferença na saúde das pessoas.

Edina Aparecida T. Trovões
nutricionista CRN3-1579
Email: [email protected]

Fonte: Revista City Penha
Imagem de Capa: Freepik

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