O termo “síndrome” é usado quando se encontra, em uma mesma pessoa, um conjunto de doenças, sinais e sintomas médicos correlacionados entre si.
Por exemplo: Síndrome de Down, as pessoas tem vários sinais e sintomas que caracterizam esta condição.
Outro exemplo é a Síndrome de Asperger que se refere aos transtornos do autismo. Hoje, são conhecidas pelo menos 12.000 síndromes diferentes.
No nosso caso, Síndrome metabólica é a soma de algumas doenças com a presença de sinais e sintomas relacionadas ao metabolismo ou às funções das células. As doenças são: aumento da gordura no abdome com aumento do diâmetro da cintura; aumento no nível de glicose no sangue (pré diabetes ou diabetes) e do triglicérides; pressão alta e HDL-c (bom colesterol) baixo.
Existem três principais critérios para o médico dizer que você tem Síndrome metabólica: O proposto pela OMS (1999), a recomendação do NCEP-APT III (2001) e o da International Diabetes Federation – IDF (2005), sendo este o mais utilizado atualmente.
Vamos usar o critério da IDF- 2005 para verificar se você tem Síndrome metabólica:
O primeiro indicador da síndrome metabólica é ter circunferência do abdome maior que 94 cm para homens e 80cm para mulheres (descendentes de europeus). Este indicador tem que estar combinado com mais dois dos indicadores listados abaixo:
- Ter pressão arterial alta
- Triglicérides alto
- Bom colesterol baixo
- Pré diabetes
O quadro abaixo faz um resumo:
A questão importante é que ter síndrome metabólica significa que existe uma soma de alterações no seu corpo que aumentam o risco cardiovascular. Aumentam as chances de se ter um infarto ou um derrame cerebral.
A boa notícia é que tudo isso tem cura ou tratamento.
Reduzir ou eliminar um ou mais desses fatores de risco já poderá excluir você do diagnóstico da Síndrome metabólica.
Explicando melhor: reduzir a circunferência do abdome, já te exclui desse diagnóstico visto que pelo critério da IDF ele é pré-requisito básico para se ter síndrome metabólica. E sabe por quê?
Para reduzir a circunferência do abdome é recomendado a prática de exercícios e perda de peso. A redução do peso, melhora o nível de triglicérides no sangue, reduz a glicemia, pode aumentar o HDL-c e controlar a pressão arterial. Veja como tudo está interligado.
Mesmo que não seja possível a prática de exercícios físicos, pode-se controlar ou eliminar um ou mais dos fatores de risco como o excesso de peso, a glicemia e o triglicérides altos e a pressão arterial alta.
Saiba que seguir uma alimentação equilibrada, adequada às suas necessidades e à sua realidade é um passo importante para prevenir ou se livrar dessa síndrome. Vale a pena tentar!
Edina Aparecida T. Trovões
Nutricionista CRN3-1579
E-mail: [email protected]
Fone: (11) 2307-1551
Capa: Imagem de kalhh por Pixabay
Matéria publicada inicialmente em Revista City Penha