Em alguns posts publicados anteriormente neste blog, tenho abordado reflexões do livro do Marshall Rosenberg – Criar filhos compassivamente e ele propõe que achemos um equilíbrio na relação pais e filhos, que não seja nem de forma coercitiva (obrigando-os a fazer o que queremos) e nem de forma permissiva (quando não nos posicionamos frente as diferenças de valores entre nós e nossos filhos).
Marshall propõe que criemos certa qualidade de vínculo necessária ao atendimento das necessidades de todos. Quando nos relacionamos num clima de respeito mútuo, deixando claro que estamos dispostos a buscar o bem-estar de ambas as partes e que entendemos que cada um tem necessidades diferentes/independentes, a outra pessoa percebe que a respeitamos em suas opiniões e que a intenção é estabelecer o vínculo entre nós. Nesse momento, conflitos que pareciam insolúveis se dissolvem com facilidade.
Um exemplo do Marshall, primeiro usando a comunicação não-violenta: Fico com medo quando o vejo bater no seu irmão, pois preciso que as pessoas da família fiquem em segurança. Nessa frase eu falei do meu sentimento de medo e da minha necessidade de segurança.
Diferente da frase: É errado bater no seu irmão! Nessa última frase, foi usado um julgamento moralizador. Com isso gero uma desconexão e escalo o conflito, porque aí vem a frase do outro que se sente injustiçado: Mas ele me provocou primeiro e por isso fiz aquilo… E aí vira uma história sem fim. 🙁
Então trazermos para nós a responsabilidade do que sentimos e pensamos é o que realmente gera conexão.
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
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