Dispo-me de melancolia, de apegos, de desejos, e me encontro comigo mesma: minha solidão, minha presença, minha velhice, minhas rugas, minha “feiura“.
Feliz por jogar fora as máscaras.
Sem saudade da juventude e sua beleza, consciente de que devo conservar a beleza interior, sem medo de me produzir lindamente para sair, mas sem o apego exagerado de vaidade obsessiva.
Amanhã, quando descer do trem da vida e desembarcar na estação final estarei tranquila, pelo muito que amei e fui amada.
Também pelos amigos: os que não me aguentaram e, os que mesmo longe, e mais ainda, daqueles que mesmo sem terem me conhecido pessoalmente nunca me abandonaram.
Sinto uma grande paz e, nunca perco a esperança de, lá no final de jornada, na última estação, esteja me esperando o meu tão sonhado Arco-íris.
Por Darcy Santana
73 anos, Funcionária pública aposentada. Não sou poetiza, mas gosto de tudo que diz respeito à arte, já tendo participado de concursos de teatro, poesia e pintura em tela. Escrevi um livro sobre minha comunidade, HISTÓRIA DE UM POVO somente para a comunidade e por amor a ela.
Creio no autor da vida, em como se revela a nós na natureza com toda sua beleza.
Gosto de olhar e me encantar com o céu o mar, o arco-íris, a vida e as pessoas. Na minha pequenez se pudesse me dirigiria a todos em forma de canção e poesia.
3 comentários
Muito bom, sensível, real, confortador.
Você tem toda razão: Darcy Santana, alma sensível, verdadeira, consoladora. Um presente conhecê-la! Grande abraço para você, Ana! Obrigada por participar conosco desta jornada.
Profunda gratidão e alegria por ter compreendido e comentado. O meu EU às vezes sai para tomar, inspirado na vida, na música, e em pessoas que amo e admiro! Um abraço fraterno.