Indicado por um amigo, este é um livro que prende a atenção, ajuda a terminar a leitura antes do prazo e provoca aquele desejo de voltar ao início para não se despedir dos personagens.
A trama se desenrola em meio à guerra civil nigeriana, na tentativa frustrada da criação do Estado Independente de Biafra que deixa um saldo de mais de 1 milhão de mortos.
“Todos balançavam o corpo, cantando, e Olanna imaginou a mangueira e a gmelina oscilando também, em uníssono, num único arco fluido. O sol parecia uma chama que havia chegado perto demais, no entanto garoava e as gotinhas mornas se misturavam a seu suor. O braço roçou no de Odenigbo, quando ergueu seu cartaz: NÓS NÃO PODEMOS MORRER FEITO CÃES. “
Trecho do livro, p. 193
A história gira em torno de Olanna (filha de um nigeriano rico), o marido Odenigbo, um professor nacionalista da Universidade de Nsukka. Ugwu, um menino pobre que sai de sua aldeia para trabalhar com o professor e faz desta uma oportunidade de aprendizado e transformação. Richard, um estrangeiro que se sente africano, apaixonado por Kainene, irmã gêmea de Olanna.
Baseado em fatos reais acontecidos na Nigéria na década de 60, o livro ressalta a capacidade de resiliência humana e de manutenção de ideais de justiça social em meio a situações de violência, perdas e fome.
É uma leitura que nos transporta e traz elementos para muitas reflexões.
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