Nutrição, alimentação e higiene: O que aprendemos com o isolamento social?

por Edina A T Trovões

“Tudo que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar”.

Não era isso que dizia o Candinho, personagem vivido por Sergio Guizé na novela “Êta mundo bom”?

Inspirada nessa frase (não muito ao pé da letra) vale uma reflexão! O que o isolamento social, enquanto estratégia para conter a pandemia pode proporcionar de melhorias para a sociedade referente a alimentação e higiene?

Melhorias no sentido de aprendizado que poderiam continuar sendo utilizados, rotineiramente, para prevenção de outras doenças.

Especialistas em saúde ensinaram várias formas de prevenção contra a contaminação pelo novo coronavirus; o home office e o “FIQUE EM CASA” exigiram a criação de estratégias na questão da alimentação, compras, higienização de produtos e tudo isso, se foram bem aplicados e mantidos na rotina, poderão ser um diferencial de agora em diante.

A seguir, exemplificarei exemplos desses aprendizados e suas vantagens.

  • Higienizar os produtos comprados em supermercado, antes de serem guardados, assim como já era aconselhável higienizar frutas, legumes e verduras adquiridas em feiras livres e sacolões.
  • Hoje, para evitar que o novo coronavírus entre para dentro de casa todas as embalagens e sacolas utilizadas são higienizadas antes de serem guardadas. Essa prática deveria ser mantida pois, se evita a contaminação por esse vírus, vai evitar por muitos outros também.
  • Vale lembrar que embalagens e sacolas sempre contiveram vírus, bactérias e fungos, sem mencionar sujeiras e até fezes e urina de roedores, mas isso não era visto como problema, mesmo representando algum risco para a saúde.
  • Lavar as mãos corretamente e constantemente e retirar os sapatos, na porta de casa, antes de entrar.
Imagem de Mylene2401 por Pixabay

Essas simples atitudes evitam que microrganismos sejam transportados de um lado para outro, contaminando objetos, ambientes e tudo que for tocado ou pisado. Manter esse comportamento evitará que muitas outras doenças sejam transmitidas.

  • O “FIQUE EM CASA” (para quem conseguiu) reforçou a importância de organização e planejamento diário na nossa vida e que deveria ser mantido.

Preparar as refeições em casa e evitar várias saídas para fazer compras ( no caso de quem não recorreu ao delivery) exigiu alguns passos: fazer uma lista dos itens a serem comprados, conferir o que já tinha em casa, comprar o que está faltando, definir dia, horário, local das compras e pensar no orçamento. Isso se chama organização e planejamento. Uma alimentação saudável começa com um bom planejamento!

  • Home office e suspensão das aulas favoreceu a participação das crianças no preparo das refeições. Essa foi uma grande oportunidade para levá-las para a cozinha.

Permitir que crianças manipulem alimentos é fundamental para criar um bom hábito alimentar além de aumentar as chances de elas quererem prová-los. Ensinar a cozinhar significa ensinar noções de higiene, trabalho em equipe, origem dos alimentos, organização, matemática e muito mais.

  • Uso do sistema delivery.

Quem recorreu aos aplicativos pode aproveitar o “boom” de melhorias nesse serviço e poderia continuar tirando proveito dessa praticidade pós-pandemia.

Por que não comprar frutas, legumes e alimentos mais saudáveis para ter em casa? Agora basta alguns clicks no celular e eles serão entregues em casa evitando lanches de última hora que tanto atrapalham o controle de peso.

Por Edina Aparecida T. Trovões •

Nutricionista CRN3- 1579

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Capa: Imagem de Christine Sponchia por Pixabay

Matéria publicada inicialmente na Revista City Penha

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