Em 24 de fevereiro comemora-se no Brasil o Dia da Conquista do voto feminino, instituído por um Decreto de 1932. Em 1934 passa a ser previsto na Constituição Federal.
Talvez as mulheres das novas gerações, que nasceram com este direito garantido, não tenham a dimensão desta conquista alcançada através de luta mundial desde o século XIX.
Foi uma luta coletiva, envolvendo homens e mulheres com consequente conquista de direitos, mas ainda demandou tempo para se tornar um direito individual para muitas mulheres. Há regiões no Brasil em que as mulheres conseguiram o acesso ao título de eleitor através do convencimento dos maridos por políticos locais interessados em seus votos. Que liberdade foi esta, você pode estar se perguntando. E com razão.
Minha mãe, por exemplo teve acesso ao título de eleitor no início da década de 70, quase 40 anos depois da promulgação da lei.
No Brasil, a professora Maria Lacerda de Moura e a bióloga Bertha Lutz, estiveram à frente desta luta com a criação da Liga para a Emancipação Internacional da Mulher — grupo de estudos cuja finalidade era a luta pela igualdade política das mulheres.
Esta, é uma luta atualizada a cada minuto de cada dia e não se restringe ao direito na escolha dos nossos candidatos, vai muito além disto: é a luta pela igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho, direito de ir e vir, de expressar nossa feminilidade com roupas que escolhermos, de vivermos relacionamentos mais saudáveis e de rompê-los quando julgarmos necessário.
Direito ao corpo, à vida, a escolhas, a liberdade, a qualidade de vida…
Que outros direitos você acrescentaria a este texto?
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