“Eu quero um doce agora”, choraminga Teddy de 10 anos às 11:30 da manhã.
“Você não pode querer um doce agora”, responde a Sra. L., sacudindo negativamente a cabeça.
Brian de 9 anos, bate em seu irmão menor. A mãe diz: “Pare com isso menino e diga ao seu irmão que está arrependido. ”
Essas são algumas maneiras de não permitirmos que as crianças sejam donas de seus sentimentos. Dizemos a elas que suas emoções são erradas, impróprias e até mesmo que não existem e ainda pioramos a situação colocando qual sentimento seria adequado à situação.
A Sra. L. diz que Teddy não quer doce agora e a mãe de Brian diz que ele deve substituir o sentimento de raiva pelo de arrependimento.
A segurança psicológica é enfraquecida quando a propriedade dos sentimentos é negada.
Respeitar os sentimentos da criança é respeitá-la de forma integral. Os sentimentos precisam ser vividos de forma espontânea.
Temos que ter o cuidado de não vermos as crianças como computadores emocionais. Quando estamos irritados elas também têm que estar, quando estamos ansiosos elas também têm que estar e assim por diante.
Não podemos fazer as crianças abandonarem a posse das suas experiências pessoais, negando seus próprios sentimentos. “Por baixo de uma água pacífica de um lago pode haver uma corrente turbulenta”.
As crianças podem ocultar o que sente, mas cedo ou tarde esse sentimento virá à tona.
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
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Baseado no livro A autoestima do seu filho de Dorothy Corkille Briggs.
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