Depende!
Segundo a autora Dorothy Corkille Briggs, em seu livro “A autoestima do seu filho”, numerosos livros e artigos estimulam pais e professores a recorrer generosamente aos elogios. E muitas experiências mostram que eles são bem melhores que os castigos como condicionadores eficientes de comportamento.
É claro, as crianças querem reflexos positivos e farão qualquer coisa para consegui-los. Elas querem nossa aprovação. No entanto há uma diferença sutil, mas ainda assim importante, entre os rótulos positivos (“bom ou comportado”) aplicados à pessoa de uma criança e a aprovação (“eu aprecio, eu gosto”) dirigido aos atos, ao que ela faz.
Para acreditar em si mesma a criança não deve questionar o seu valor como pessoa. Isso deve ser sempre compreendido. Essa distinção não fica clara para a criança quando dizem que ela é boa porque gostaram do que ela fez.
Veja bem: se você canta, ou toca uma música ou faz uma prova na escola, pinta um quadro ou escreve um poema, essas coisas não são você. Não conseguem te definir. É apenas o que você produz.
Então rotular uma criança como boa ou comportada pode fazer com que ela deixe de ser autêntica (ser ela mesma) para se adequar a esse rótulo/julgamento para ser aceita e levar isso para toda uma vida…
É preciso separar o valor pessoal do desempenho porque sempre que o valor pessoal depende do desempenho, fica sujeito a ser cancelado por qualquer erro.
O que você pensa disso?
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
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