Nessa matéria, me dedicarei a trazer reflexões do livro comunicação não-violenta no trabalho – Um guia prático para se comunicar com eficácia e empatia, de Ike Lasater.
Citando um exemplo citado no livro:
“Um dia sua colega Karen entra em seu escritório para conversar sobre um projeto em que ambos estão trabalhando. Ela diz: Sabe, a data daquela reunião importante está chegando e estou preocupada se estamos preparados para isso.
Você responde: Sim, sei que deixei escapar algumas coisas, mas fiquei muito sobrecarregado por conta desse projeto e outras coisas que tinha que fazer, já dediquei muitas horas extras e em parte é porque Harold não me entregou os números dentro do prazo.“
Depois de várias interações Karen sai de seu escritório. Você percebe que a conversa não fluiu como você gostaria. Você não se sentiu conectado com Karen e nem sentiu que ela entendeu sua situação. Ao se lembrar da sua resposta diante da expressão inicial dela você percebe que defesa, explicação e culpabilização se infiltraram facilmente na sua conversa.
A amiga Karen te procurou angustiada, preocupada, precisando de segurança e eficácia nesse projeto. Se a conversa fosse pelo caminho dos sentimentos e necessidades dela, ela se sentiria ouvida e ficaria mais disposta a te ouvir também nos seus sentimentos e necessidades.
E então, juntos pensariam numa estratégia para resolver esse conflito, porque a conversa se dirigiria para a empatia e respeito mútuo.
Você entendeu o exemplo? O que acrescentaria como possibilidade de diálogo no trabalho?
Bárbara Bezerra
Cirurgiã Dentista, mãe do Gabriel e esposa do Fernando, estudiosa da comunicação não-violenta e que tem como hobby fazer caminhada e ler livros.
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