Ei, o que você está fazendo, promete que vai mudar, pensar mais em você, fazer o que lhe dá mais prazer, cuidar-se mais?
O ano passou e você prometeu novamente que agora será diferente, que dará um jeito nisso.
O tempo é inexorável e ainda que tenhamos a ilusão de controla-lo não nos damos conta que ele passa e a vida continua a cada instante.
Devemos estar na vida o tempo todo. Apreciar os momentos e prestar atenção em nós.
De repente mais de meio século chega, quilos acumulados para além do que é saudável e o seu corpo vai resistindo, às vezes ele vai gritando, então, você o ouve e é quando a vida lhe sacode. Nesse momento você não poderá voltar ao estágio anterior.
Inevitavelmente cada pessoa terá um momento em que a vida irá sacudi-lo, isso é pessoal e intransferível, não sabemos qual será a voz que ecoará, mas será a voz propulsora.
O importante é acolher a voz interior, acolher o seu corpo, suas histórias e não ter arrependimento ou culpa, pois só podemos viver o que sabemos viver.
Acolher a voz interior e seguir é valorizar a oportunidade de despertar quando a vida nos sacode.
Por Maria Gedeilda de Souza Ferraz
Especialista em Saúde Mental – Psicóloga Clínica – Coordenadora de Centro de Práticas Naturais – Terapeuta em Reiki, Florais de Bach e Cromoterapia
7 comentários
Certamente o ano de 2020 mexeu com a vida de todas as pessoas. Comecei o ano em um novo casamento, eu com 53 anos e ele, com 66 anos. Em março, chega a pandemia e dia após o dia, o medo do inimigo invisível foi se agigantando. Nesse mesmo mês, uma amiga muito querida descobre um câncer de pâncreas e nos deixa após 3 meses. Três meses de convalescença em meio a uma pandemia, não pude ir visitá-la, nem tão pouco comparecer ao seu velório, mas saber que a despedida dela era um fato real, me fez repensar toda a minha vida, usando os termos do texto, vi a vida me sacudir!
A certeza de que minha caminhada daqui para frente é bem menor do que a que eu já percorri, me fez tomar decisões que passei anos adiando. Sai de uma empresa onde atuei durante 13 anos, abrindo mão do “reconhecimento do mercado”, para recomeçar num ritmo onde eu possa ditar o meu tempo. Me despi da vaidade do salário certo ao final do mês, para construir meu nome no consultório de psicologia, começando com apenas um paciente, mas ao qual dediquei todo o meu saber e cuidados.
Estou com 54 anos, com a vida mais leve, vivendo um dia por vez, descobrindo o prazer de pequenas coisas que no frenesi que eu vivia, não tinha tempo de enxergar, mas principalmente com um sentimento enorme de gratidão por ter tido “tempo” para esse redimensionar”
Socorro, que comentário lindo! No blog temos uma categoria que chamamos de Reinventando a Vida, confere neste link https://viverdepoisdos50.com/2014/08/reinventando-vida-envie-seu-depoimento/. Adoraria postar esta tua história. Fico no aguardo de um retorno seu. Um grande abraço.
Quantas sacudidas não é mesmo? Que coisa boa ouvir tanta potência nas ações que se propôs a partir das suas vivências.Viveu e está vivendo tudo o que for possível viver, que boa escuta interior vc tem.Gratidão pelo depoimento.
Bom diaaa Gê! Eu com 5.5 hoje, nunca pensei em idade cronológica, mas de uma. forma ou outra sinto que ela existe rsr, pois com o abdômen alterado (odeio isso), incômodo nas pernas e fora o que já carregava anteriormente, não dá para não sentir né…e é verdade, entra ano sai ano e as coisas que se prometeu não são cumpridas, confesso que erro em não me ouvir, preciso trabalhar mais isso.
Felicidades e sucesso!
Bjos.
Que coisa boa poder é poder nos ouvir e nos dar esse carinho, não é mesmo , Ana? Fico feliz por vc e certamente, nosso corpo muda muito dos 20 aos 50, sejamos gratas por ele e pelas histórias que carregamos.Gratidão!!
Nossa muito lindo me veio um nou na garganta e até chorei .muito lindo não tenho nem palavras
Querida, o choro e o nó devem ser sua voz interior que ecoou de alfuma forma, converse mais consigo, sempre ,e terá gratas surpresas. Gratidão!!