Quando se fala em violência existe uma tendência das pessoas em pensar em violência física, mas sabemos que existem outros tipos de violência, como, negligência, abandono, medicamentosa, sexual, psicológica, emocional e social e financeira, que são tão graves quanto a física. Porém a física é aparente e muitas outras são silenciosas e as vezes quase que invisíveis.
Essa violência invisível cabe a família, sociedade e Estado criarem mecanismos para detecção e sabemos que os profissionais da saúde tem um papel muito importante nesse processo, pois ao atender o idoso e em sua anamnese, podem descobrir pistas para identificar que o idoso está sofrendo algum tipo de violência e é muito importante que ela seja apurada e responsabilizada.
São coisas simples que acontecem dentro do próprio lar muitas vezes e com a família participando, tenho como exemplo uma pessoa, que não está escutando direito e que não consegue ir sozinha em um médico, ela vai perdendo a audição, não tem os devidos cuidados tomados.
Os familiares, muitas vezes falam, “depois você fala para ele, ele não está escutando”, isso é uma agressão verbal, que isola o idoso, causando danos sociais para ele e que futuramente podem causar danos psicológicos muitos sérios, como a depressão, que foi gerada por esse isolamento social e que servirá de agravo para outras comorbidades do idoso.
A violência idosa, tem que ser um tema muito discutido nos cursos de saúde, pois na ausência e ou omissão da família e negligência do Estado, os profissionais da saúde possam interferir em prol dos idosos.
Com o Estatuto do Idoso tivemos muitos avanços, mas tem muito trabalho a ser feito, pois sabemos que a população idosa, cresce no mundo e no Brasil e com o aumento do número de idosos, também cresce a violência com eles, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que um a cada seis idosos é vítima de algum tipo de violência no mundo.
Este texto, mais que um alerta é um pedido, para que olhemos para os nossos idosos com amor, respeito e principalmente levando-se em consideração a sua fase de vida, pois desde que nascemos, já começamos a envelhecer e o jovem de hoje será o idoso de amanhã.
Ivalter Silva Junior
Formação em marketing e pós-graduado em gerontologia e interdisciplinaridades, atuando no mercado de aparelhos auditivos há mais de 20 anos
Capa: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Portal do Envelhecimento. A
feminização do envelhecimento populacional no Brasil. Disponível em: https://www.portaldoen
velhecimento.com.br/feminizacao-do-envelhecimento-populacional-no-brasil/