Li esta frase em algum lugar na internet e parece ter sido carimbada em mim. Qual o nome da minha raiva? Tenho consciência de que esta é uma emoção forte, primitiva, presente em humanos e animais e surge quando nos sentimos ameaçados ou contrariados.
Considerá-la de forma negativa é desconsiderar a naturalidade dos sentimentos e emoções. Não temos como evitar a raiva, podemos apenas controlar a reação diante dela.
Lembro-me da raiva que senti com a agressividade da instrutora de auto escola tentando me fazer desistir da prova para a Carteira de Motorista. A raiva me impulsionou para uma ação positiva – para a tentativa e aprovação, mas nem sempre ela é boa conselheira.
Com raiva, a tendência é desconsiderar a visão do outro e levar o assunto para um campo que dificulta o diálogo. Respirar, contar até 10, são bons recursos para o controle da raiva e do ímpeto de agir motivado por ela.
Por vezes a raiva faz-se passageira. Chega trazendo sua energia e vai embora. Mas há raiva que vem de malas prontas. E para esta precisamos estar atentos. Raiva crônica, ressentida pode estar disfarçando sentimento de frustração, impotência, insegurança. Ela fala mais de mim do que do alvo da minha raiva.
A raiva que sinto hoje não é só a de hoje. Pode ser a gota d’água de raiva acumuladas. O que a minha raiva está me dizendo? Sem brigar, sem julgar, acolhendo à nós mesmos, podemos caminhar para o autoconhecimento e compreensão de crenças limitantes que fomentam este ressentir.
A meditação é ótima para reduzir o estresse, aprender a relaxar, ter mais consciência da respiração, dos pensamentos e sentimentos. Com a meditação podemos treinar a mente para focar no momento presente.
O processo de autoconhecimento é fantástico e desafiador. É um caminho em que podemos andar de mãos dadas com outras pessoas, com profissionais de diferentes recursos terapêuticos – a terapia, as Praticas Integrativas e Complementares.
Assumindo a responsabilidade pelo que somos, sentimos, pensamos, falamos e fazemos, em busca de vivermos BEM, o melhor possível.
E você, sabe o nome da sua raiva? Deixe ai nos comentários 🙂
Capa: Imagem de Septimiu Balica por Pixabay
5 comentários
Lindo texto…
Como sempre
Eu diria que a minha raiva e vercomo
somos maltratados e desconsiderados pelo governo na Pandemia
Boa noite. Amei o texto. Fez -me revisitar s analisar minhas raivas ao longo de meus 65 anos. Com problemas, com conquistas e também superação de raivas que cruzaram meu caminho. Enfim, vivendo
Que bom que você gostou. Viver é um eterno elaborar e superar. Um grande abraço para você!
Desafiador este tema, ainda mais neste época difícil, mas ao longo da história humana, ainda estamos sentindo raiva de nossos fracassos, coisas que sem ter um aprendizado na escola primária, pois é, se desde lá a educação pensasse no lado sentimental , creio ter lidado com mais facilidade uma raiva tremenda de usar vestido, pois minha mãe, só deixava no comprimento abaixo do joelho, bem na época que a moda era minissaia, não precisava ser tão curto, mas não que eu fosse alvo dos olhares dos colegas de escolas fazendo chacotas. Hoje superei esta raiva, amo minha mãe, na época era tudoque ela sabia.
Tenho descoberto que precisamos compreender nossa raiva, não para mantê-la ativa e estática, mas para ilumina-la com nova compreensão. Que bom que você também segue por este caminho. Beijão!