“Não adianta plantar melão se queremos colher batatas.“
Por Karen Touka
A roda que gira é o tempo, que vai e que vem, um tempo não linear, um circulo. Estamos em uma constante dança, de passos circulares, pois assim é a vida. Tudo na vida é cíclico.
Muitos comentam dos altos e baixos da vida, eu prefiro ver como uma roda, elíptica, como a orbita da terra, as vezes perto, as vezes longe do sol, o que proporciona as estações.
As vezes verão, as vezes inverno. Assim é a vida em todos os sentidos.
Tendo isso em mente, nos lembramos que sempre voltaremos àquele ponto para fazermos melhor que antes, pois assim é a evolução, circular e ascendente. É nisso que penso quando vejo, por exemplo, pessoas que reclamam que “homens não prestam”, será mesmo que são eles? TODOS eles?
Ou será você que gira a roda e não ascende? Espera resultados diferentes agindo da mesma maneira.
Não, não estou dizendo que as pessoas tem que mudar para agradar aos outros, uma coisa é ser você mesmo, outra é evoluir. As coisas acontecem, as escolhas aparecem, e a roda gira.
E é nesse girar que vemos se as sementes que plantamos, e o modo que cuidamos delas, foram suficientes para colhermos o que desejávamos. Se a resposta for negativa, devemos mudar de sementes, ou usar outro modo de tratamento.
Enquanto plantamos e cuidamos do mesmo jeito, colheremos do mesmo jeito. Não adianta plantar melão se queremos colher batatas, muito menos cuidar do plantio como se fosse de arroz.
Quando acertamos estes ponteiros e aprendemos como ser melhores evoluímos. Começamos a rodar em um outro nível, com novos obstáculos, e novas escolhas.
Karen Touka
Programadora, desenhista e escritora (nas horas de folga)