“Tratar uma família pressupõe entrar em contato com suas limitações e sofrimentos, e isto implica retirá-la do lugar idealizado que quase sempre lhe é reservado”. (Ramos Magdalena, 1994, pg.7)
Geralmente, a decisão pela procura de uma terapia familiar não é algo fácil, na maioria das vezes a família só vai em busca da terapia por ordem judicial, ou seja, é “mandada” para a terapia.
Deste modo, o trabalho do terapeuta consiste em lidar com o momento de crise que se apresenta, onde normalmente existe um membro identificado como doente e a família está ali para trata-lo.
Nesse contexto torna-se fundamental trazer esta família ao lugar de tratamento, onde o profissional em psicologia, por certo ajudará a família a perceber aspectos adoecedores ou doentios que necessitam de cuidado.
A crise se estabelece como sintoma de algo que a família não consegue lidar, sendo necessário ajuda profissional, facilitando o lugar de fala de cada membro e promovendo o reconhecimento da qualidade das relações que se estabelece na família.
Importante ressaltar a necessidade de que todos os membros da família se reconheçam como parte integrante e fundamental no trabalho terapêutico a ser desenvolvido. O ambiente familiar é um lugar de cuidado, é um lugar de crescimento de aprendizado e também de reconhecimento do potencial criativo e evolutivo.
A família adoece, entra em desequilíbrio e pode ser tratada, sendo certo que um profissional capacitado pode ajudar no tratamento, pois a família também pode ser considerada como um verdadeiro paciente.
Por Maria Gedeilda de Souza Ferraz
Especialista em Saúde Mental – Psicóloga Clínica – Coordenadora de Centro de Práticas Naturais – Terapeuta em Reiki, Florais de Bach e Cromoterapia
Foto de Capa: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay