Em vários países do Mundo, incluindo a China, há registros de aumento dos casos de violência contra a mulher durante o período de isolamento social, adotado como forma de evitar a propagação do coronavírus.
Embora esta seja uma medida segura, necessária e eficaz para minimizar o risco de infecção, o isolamento domiciliar agrava a situação de muitas mulheres vítimas de violência doméstica e que estão neste momento, obrigadas e ficar em casa com o agressor – algumas em situações precárias com os filhos.
Segundo o Núcleo de Gênero e o Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de São Paulo, neste início de 2020, em apenas um mês houve um aumento de 30% dos casos.
Relatório recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública traz outra preocupação – aumentam os casos de violência e diminuem o número de denúncias – seja pela dificuldade da mulher sair de casa ou por medo de realizá-las enquanto está tão próxima do agressor.
Vários fatores podem agravar o risco de violência doméstica neste momento de pandemia – o estresse econômico e de restrição social, o medo da doença, a convivência forçada por tempo integral… 🙁
Mas é importante FRISAR que a violência contra a mulher é complexa e o isolamento social não justifica e nem naturaliza tais situações.
A violência contra a Mulher deve ser denunciada, como todas e quaisquer outras formas de violência
Autoridades e especialistas orientam que a mulher deve estar atenta aos sinais de agravamento de situações de violência e construir um plano de segurança. As Delegacias de Defesa da Mulher e Centros de Acolhimento estão funcionando normalmente neste período. As vítimas podem e devem procurar atendimento.
Os homens são os principais agressores contra mulheres, mas a violência também pode acontecer em relacionamentos homoafetivos.
O número 180 pode ser utilizado em todo o território nacional, funciona 24 horas por dia e acolhe denúncias de violência contra mulher, criança e adolescente, idoso.
A violência é uma realidade cruel e toda e qualquer mudança neste cenário é responsabilidade de todos nós. Se você desconfia que alguém esteja passando por isto, tente um diálogo com esta pessoa, sem julgamento, faça com que ela perceba que pode confiar em você.
Quanto maior a rede de apoio, melhor será a proteção para a mulher. É fundamental que ela conte com serviços de saúde, assistência social e jurídica, familiares, amigos, vizinhos.
E nós também podemos ser ombro amigo e fortalecer esta rede. Que possamos passar esta fase com saúde e segurança.
Foto de Capa: Наркологическая Клиника por Pixabay
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