Certa vez, ouvi de um palestrante uma comparação interessante entre aceitar a realidade e o imprevisto de um dia chuvoso. Ele disse: “– Imagine que você combinou um passeio e, cheio de expectativa, acorda de manhã com chuva.”

Você aceita a realidade quando olha para a chuva e pensa – E agora, reorganizo meus planos? Como faço para me proteger?

Aceitar que está chovendo não diminui a dor de uma expectativa frustrada. Porém precisamos entender que não aceitar a realidade ou protestar contra ela transforma a dor em sofrimento.

O que é Dor?

A dor aparece por algo que acontece em nossas vidas e nos faz sofrer. Dor faz parte da existência, é natural, é inevitável. Sentimos dor pela realidade. Aceitar a realidade é sentir a dor do tamanho que ela é. As tentativas de fugir da dor causa sofrimento.

Sofrimento

Diante da dificuldade de encarar a realidade, quando tentamos negar o que está acontecendo em nossas vidas, sofremos em dobro.

“Mas eu detesto sair de guarda-chuvas!”

“Mas porque isto só acontece comigo? “

“Tô numa fase Zica! Quanto azar Meu Deus!”

“Tinha que chover justo hoje?”

E assim é na vida, na convivência com pessoas difíceis, na relação de trabalho, no contato com amigos ou familiares alcoólicos, no luto, na perda de uma pessoa ou animal querido e em tantas adversidades da vida.

Todos nós temos momentos e situações difíceis, a vida não poupa ninguém. Se o que está acontecendo já é ruim, vai ficar mais difícil se criarmos monstros na cabeça, imaginando cenários, fazendo perguntas sem resposta ou se focarmos em expectativas frustradas.

O primeiro passo é aceitar a realidade. Levar um guarda chuva, reorganizar o passeio, aceitar o que é real. As coisas são o que são e não o que nós gostaríamos que fosse.

Aceitar a imperfeição das coisas e das pessoas. Aceitando e se comprometendo com as mudanças e adequações possíveis.

Como diz o velho ditado: Aceita que dói menos podemos fazer como as crianças e nos refastelar de gotas de chuva, enquanto pensamos: O que eu gostaria que estivesse acontecendo?

O que é importante para você? Quais são as suas necessidades? Quais são os problemas reais em sua vida? Quais são passíveis de mudança? Como você se compromete com a mudança?

Com bom senso, serenidade, paciência, foco e persistência podemos fazer escolhas diferentes. Escolher caminhos que podem nos levar em direção aos nossos objetivos.

Mesmo que, a princípio, nos pareça o caminho mais difícil!

Acredite e vá!!