Saiba mais sobre Alergia Alimentar e Intolerância Alimentar

por Edina A T Trovões

Ninguém nasce alérgico. Desenvolver alergia a um alimento depende da disponibilidade genética e da forma como o corpo teve contato com este alimento.

Alergia Alimentar

É uma reação imunológica do corpo às proteínas de determinados alimentos, é quando o corpo reage ao nutriente como se ele fosse uma substancia estranha produzindo anticorpos para combatê-lo. Ocorrem reações de hipersensibilidade, as mais freqüentes envolvem o sistema respiratório (como tosse, rouquidão e chiado no peito) a pele (coceira e eczema) e o aparelho gastrintestinal (diarréia, dor abdominal e até fezes com sangue).

Um exemplo de alergia alimentar ocorre em relação à proteína do leite de vaca. Os recém-nascidos não estão com o aparelho digestivo totalmente maduro e não conseguem digerir adequadamente certas proteínas, assim ao serem absorvidas podem desencadear uma reação do organismo contra elas.

Outras proteínas como da soja, do ovo, do amendoim, do peixe, dos frutos do mar e do trigo, também podem provocar alergia alimentar.

Intolerância alimentar

Intolerância alimentar é uma reação do corpo contra o alimento, mas que não envolve a produção de anticorpos, é como se o organismo “não se sentisse bem” com determinado alimento, não o tolerasse provavelmente por dificuldade em digeri-lo ou por ele conter algum aditivo ou estar contaminado.

Um exemplo de intolerância alimentar é a intolerância a lactose, açúcar do leite de vaca. Neste caso há a falta da enzima que digere este nutriente e a pessoa se sente mal quando bebe leite.

Existe diferença entre alergia alimentar e intolerância Alimentar?

Mesmo havendo diferenças importantes entre alergia e intolerância alimentar, é comum ouvirmos o termo alergia alimentar para qualquer reação que o corpo apresente contra determinado alimento.

O Brasil não possui dados estatísticos sobre o número de pessoas com este tipo de alergia, mas podem ser parecidos com os índices americanos, onde a alergia afeta 3% dos adultos e cerca de 6% a 8% das crianças.

A ocorrência de alergia alimentar diminui à medida que a pessoa envelhece, estudos mostram que a maioria das crianças que apresentaram alergia ao leite de vaca quando nasceram toleram bem o alimento após três anos de idade. Caso tenha um caso deste na família observe com cuidado. Não é o caso na alergia ao amendoim, castanha, camarão e trigo.

O risco de Alergia Alimentar em crianças – Orientação aos Pais

Enquanto a ciência estuda medidas para tratamento de alergia alimentar, utilizamos medidas preventivas para diminuir os riscos de desenvolvê-la:

  • Aleitamento materno exclusivo até os seis meses.
  • Cuidado na introdução de alimentos a crianças menores de 6 meses, evite a introdução antes desta idade.
  • Quando oferecer alimentos com potencial alergênicos faça-o em pequenas quantidades e somente após a criança ter completado seis meses de idade.
  • Evite oferecer alimentos com corantes e outros aditivos (balas, pirulitos, gelatina) e industrializados (salgadinhos, alimentos prontos) a crianças menores de um ano.

Medidas preventivas podem evitar que crianças sejam proibidas de comer certos alimentos. Restrições dificultam a vida social e prejudicam a qualidade de vida.

Edina Aparecida Tramarin Trovões
Nutricionista – CRN 3- 1579
e-mail:[email protected]

Matéria Publicada Inicialmente em Revista City Penha

Talvez você também goste...

Deixar um Comentário