Como corrigir e evitar a obesidade infantil

por Edina A T Trovões

Obesidade Infantil: Uma epidemia global

O Ministério da Saúde informa: uma a cada três crianças entre 5 e 9 anos está acima do peso, ou seja, no caminho para a obesidade! Em 1974 apenas 1,4% das crianças eram obesas, hoje 16% dos meninos e 11,8% das meninas já são obesos.

Esse dado é assustador, as crianças estão ficando obesas bem na frente dos olhos dos pais, avós, familiares, professores e médicos, e se não houver mudanças no estilo de vida e nos hábitos de alimentação, elas serão adultos obesos, e apresentarão as complicações desta doença tais como: pressão alta, dislipidemias ou gordura no sangue (colesterol e triglicérides alto), diabetes, apneia do sono, ronco, risco aumentado de desenvolver certos tipos de câncer e problemas ósseos.

Hoje 50% dos adultos, no Brasil, estão acima do peso saudável, logo, se esta tendência se mantiver entre as crianças, a próxima geração de adultos estará com a saúde comprometida. Dr Neal Halfon, médico pediatra e diretor da Universodade da Califórnia, vai além dessa previsão, em um estudo com 43.000 crianças, ele conclui que as obesas já estão doentes hoje, alegando que a obesidade não é um problema apenas para a vida adulta.

Crianças obesas possuem uma maior tendência para problemas emocionais e comportamentais, maiores taxas de repetência, alta abstenção na escola e outros problemas escolares. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtornos de conduta, depressão, dificuldades de aprendizagem, problemas ósseos, articulares e musculares, asma, alergias, dores de cabeça e infecções de ouvido.

Mas afinal de contas, porque as crianças estão ficando obesas?

Difícil de dizer qual é o principal motivo, sabe-se que é a somatória de vários fatores: consumo de produtos industrializados que são ricos em açúcar, gorduras e sal como biscoitos, bolos, iogurtes, nuggets, hambúrguer, salsicha, linguiça, salgadinhos, sucos e refrigerantes associados ao fato delas estarem mais sedentárias, ficam de 3 a 4 horas em frente à televisão, computador, vídeo game e vale lembrar que o hábito de assistir TV induz ao consumo de alimentos.

Existem ainda fatores genéticos, filhos de pais obesos tem mais chance de serem obesas, além de outros indutores como o não aleitamento materno, a introdução de alimentos antes do 6° mês de vida, uso de certos medicamentos, estresse emocional e o fato das lanchonetes estarem fazendo as porções cada vez maiores, contribuindo para aumento do peso.

 Como corrigir e evitar a obesidade infantil?

É muito mais fácil prevenir do que remediar, diz um velho ditado.

“Nenhuma criança (pelo menos até seus 4 anos de idade) come o que não lhe é oferecido ou não está ao seu alcance” diz o pediatra Dr Moises Chencinski.   Até os 4 anos, evite apresentar e oferecer alimentos industrializados como: bolacha, bolos, lasanha, macarrão instantâneo, salgadinhos, sucos, refrigerantes, eles são super saborosos e acabam alterando o paladar da criança que depois acha a “comida sem graça”.

Ofereça legumes e frutas diariamente, negocie o tempo de televisão e computador, faça a criança brincar e gastar energia, procure dar as refeições em horários regulares evitando jejum prolongado e ajude-a a criar o hábito de comer assim que acordar, isso diminuirá seu apetite à noite.

São atitudes simples e saudáveis, no dia a dia, que diminuem o risco para a obesidade.

Edina Aparecida Tramarin trovões

Nutricionista – CRN3- 1579

e-mail: [email protected]

 

Talvez você também goste...

Deixar um Comentário