Por que se preocupar com o intestino?
O bem estar e a disposição começam a partir do bom funcionamento do intestino, responsável por inúmeras funções essenciais à saúde e, quando ele não funciona corretamente, aparecem o mal estar e o desconforto sem falar em consequências como diarreia ou “intestino preso”.
A principal função dele é absorver água e nutrientes que chegam ao corpo através da alimentação e eliminar os resíduos desnecessários, mas tem outras funções importantes, como: absorver / eliminar sais biliares (e assim controlar o colesterol), produzir a vitamina K dentre outras, produzir hormônio e atuar como barreira contra doenças. Estudos recentes mostram que o intestino é considerado o segundo cérebro, pois, como este, produz a serotonina (o hormônio do bem estar).
Ele é o segundo maior órgão de defesa contra doenças graças à microflora intestinal, pois o intestino conta com a presença de microrganismos benéficos à saúde, um verdadeiro ecossistema, que forma uma barreira contra invasão de bactérias além de impedir que estas se multipliquem.
A microflora produz vitaminas para o corpo e ácidos graxos de cadeia curta, que são essenciais para nutrir as próprias células do intestino, aquelas responsáveis pela absorção de nutrientes e, quando ocorre algum dano a “saúde” destes microrganismos, muita coisa deixa de funcionar como deveria.
Alimentação inadequada, sedentarismo, o uso de certos medicamentos, a presença de doenças endócrinas, neurológicas e distúrbios psiquiátricos podem afetar o intestino.
Prestar atenção à alimentação é o primeiro passo para cuidar desse órgão e manter vivos esses microrganismos.
As dicas da Nutricionista são:
- Ofereça para a microflora nutrição rica em prébioticos (fibras solúveis importantes para nutri-los), como: chicória, massa de banana verde, cebola e aspargo;
- Consuma alho, alecrim, gengibre e canela, que evitam o crescimento de microrganismos maléficos ao intestino.
- Mastigue bem os alimentos, isso evita que eles fermentem;
- Mantenha o intestino em atividade fracionando a alimentação em 5 ou 6 refeições por dia com um intervalo máximo de 4 horas e com horários regulares;
- Evite substituir refeições por lanches e alimentos industrializados;
- Consuma fibras, que são os alimentos da microflora e estimulam o intestino. Prefira os alimentos integrais e ricos em fibras: arroz integral, cereais integrais, granola, pães e biscoitos integrais, soja, feijões, grão de bico ou Inclua-os diariamente na dieta;
- Consuma de 2 a 4 frutas todos os dias, além de legumes e verduras;
- Evite consumo exagerado de carnes em geral. Uma porção pequena no almoço e jantar é suficiente para atender às necessidades nutricionais;
- Beba de 8 a 10 copos de água/dia além de sucos naturais de frutas, chás (camomila, erva-doce, hortelã), água de coco, sempre entre as refeições, evite a ingestão de qualquer tipo de líquido durante as refeições;
- Evite bebidas alcoólicas, elas causam inflamação celular e dificultam a eliminação de toxinas;
- Evite excesso de refinados, como: pão branco, arroz branco, biscoitos e massas que além de tudo fermentam e produzem gases causando o “estufamento”.
O uso de laxantes é contraindicado, uma alimentação rica em fibras é sempre a melhor opção.
Fazer caminhadas ou outra atividade física regularmente estimulam os movimentos dos intestinos.
Edina Aparecida Tramarin Trovões
Nutricionista – CRN3-1579
e-mail: [email protected]
Foto de Capa: silviarita: Pixabay
Matéria publicada inicialmente na Revista City Penha