Pizza – um passo para a obesidade? Será?
A pizza é um dos pratos mais lembrados quando o assunto é encontro de amigos, refeição rápida, festa de última hora, ou seja, quando se quer comer (ou servir) algo muito gostoso, rápido e que tem grande chance de agradar a maioria das pessoas.
Mas, nos tempos atuais, quando a ordem da vez é “alimentar-se de forma saudável” a pizza parece não ser o alimento mais adequado.
Será? Qual o problema com a pizza? Os ingredientes ou as quantidades?
Normalmente a pizza é montada a partir de um disco de massa preparado com farinha de trigo, água, fermento biológico e sal, regada com molho de tomate e coberta com ingredientes diversos. As mais tradicionais apresentam algum tipo de queijo, carnes preparadas ou defumadas, orégano ou manjericão, tudo assado em forno a 485°C. Não vamos esquecer o azeite extra virgem.
Com esta composição o prato não parece apresentar grandes riscos para a saúde.
Porém o que se encontra na prática é a apresentação de pizzas que extrapolam esta composição, tornando-se um verdadeiro “coquetel molotov”. Misturam-se 2, 3 até 4 tipos de queijos, tornando a alimento extremamente calórico. Sem mencionar outras combinações que incluem 3 ou mais ingredientes ricos em gorduras (como queijos cremosos, defumados e embutidos)
Para não causar prejuízo a saúde o alimento deveria fornecer em torno de 125 Calorias por cada 100 gramas.*
Um exemplo: Pizza de muzzarela, fatia fina com 50 g tem aproximadamente 139 calorias, enquanto fatias grandes com 130 g chegam a 360 calorias, o pedaço.
O ideal seria que o centro do disco não tivesse espessura maior do que 5 milimetros e a borda nunca fosse recheada, assim não haveria aumento de valor calórico de cada pedaço, além do que, este seria o padrão da verdadeira pizza, segundo a Associazione Verace Pizza Napoletana, fundada em 1984 na Itália com a missão de promover a culinária e a tradição da pizza napolitana.
Para se escolher uma pizza de forma mais equilibrada para a saúde deve-se preferir as de massa fina, sem recheio na borda e as coberturas menos gordurosas.
As pizzas tradicionais parecem ser bem equilibradas, como:
- Marinara (Napolitana): tomate, azeite de oliva, orégano e alho.
- Margherita: tomate, azeite de oliva, muzzarela e manjericão.
Procure escolher coberturas que incluem vegetais como: alcachofra, berinjela, pimentão, ou possuem produtos de origem animal com menos gordura, tipo frango desfiado, atum ou aliche (anchova).
São inúmeras as possibilidades de combinações, e que serão muito saborosas, mas cuidado com a quantidade de ingredientes que será colocado na cobertura.
Vale lembrar que, mesmo assim, o consumo deve ser moderado tanto na quantidade de pedaços como na freqüência.
Edina Aparecida Tramarin Trovões
Nutricionista – CRN3-1579
e-mail: [email protected]
* Segundo publicação American Institute for Câncer research. Food, Nutrition, Physical Activity, and the Prevention of Cancer: Os 10 passos para prevenção do câncer.
Matéria publicada inicialmente na Revista City Penha