A água, que habitualmente é definida como insípida, incolor e inodora, na verdade possui definições mais complexas dependendo de sua composição e procedência e, por conta disso tudo, uma variedade de sabores e, por que não dizer, uma variedade de propriedades.
De acordo com ANVISA, têm-se as seguintes definições:
- Água mineral natural: água obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmente captada, de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo definido e constante de sais minerais (composição iônica) e pela presença de oligoelementos e outros constituintes.
- Água natural: água obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmente captada, de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo definido e constante de sais minerais (composição iônica), e pela presença de oligoelementos e outros constituintes, mas em níveis inferiores aos mínimos estabelecidos para água mineral natural.
A água fornecida pelo sistema público de abastecimento, conhecida como “água tratada” é proveniente de rios, represas ou lagos, submetida a rigorosos processos de tratamento que garantem sua potabilidade, mas são fornecidas sem a especificação da sua composição química.
No mercado há inúmeras marcas e variedades de água mineral que diferem quanto à composição química. De acordo com o tipo da fonte, sua profundidade, tipo de rochas e temperatura, a água apresentará um teor de minerais e um sabor característico.
Os elementos mais encontrados, em geral, são: Bicarbonato, Cálcio, Sódio, Sulfato, Cloreto, Magnésio, Potássio, Fluoreto, Silício e até lítio.
Caso utilize água mineral natural, preste atenção na rotulagem nutricional e escolha a água com a composição química que mais atende suas necessidades.
As águas que contem mais bicarbonato são ideais para pessoas que sofrem com a acidez no estomago, o bicarbonato exerce um efeito tampão neutralizando um pouco esta acidez. Pode apresentar um sabor levemente salgado.
Pessoas obesas, hipertensas ou que apresentam doenças cardíacas deve escolher as águas com menor teor possível de Sódio e Cloretos. A quantidade de sódio presente nas águas minerais pode variar de 1,4 a 33,6 mg/litro. Assim sendo, no caso da ingestão de aproximadamente 2 litros água/dia, pode-se chegar a ingerir 64 mg/sódio a mais/dia. Saiba que as águas com baixo teor de sódio são mais leves e palatáveis.
As águas com mais cálcio e magnésio pode colaborar para o fornecimento deste mineral no tratamento e prevenção de doenças ósseas. São águas menos leve, do ponto de vista de paladar.
As águas com mais fluoreto podem ajudar na prevenção de cáries, porém Anvisa alerta que o produto não é adequado para lactentes ou crianças com até sete anos de idade, quando contiver mais que 2 mg/L de fluoreto; adultos também deve evitar consumir este tipo de água rotineiramente.
Caso tenha restrição no consumo de potássio, por doenças renais ou cardíacas, escolha aquelas com o menor teor possível. As variações são de 0,9 a 30,5 mg/litro.
Preste atenção na hora de escolher a água mineral natural sabe-se das variações na composição química e algumas podem apresentar concentrações de minerais maiores do que realmente é recomendado, além de conter minerais indesejáveis, como chumbo, cobre, bário, níquel entre outros ou até estar microbiologicamente imprópria para consumo. Compre sempre o produto de empresas idôneas e conceituadas.
http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/54_00rdc.htm
Edina Aparecida T. Trovões
Nutricionista – CRN3-1579
e-mail: [email protected]
Matéria publicada inicialmente em Revista City Penha
Foto de Capa: Pixabay