Este poema fala ao coração de quem viveu mais de 50 anos e que precisou costurar e recosturar a colcha de retalhos ao longo da sua vida. Circula pela internet como de autoria de Cora Coralina, porém em pesquisa descobri ter sido escrito por Cris Pizziment de São Paulo, a quem rendemos nossa homenagem.
Que esse poema fale ao seu coração como falou ao meu e que juntos possamos reunir incontáveis pedacinhos coloridos que nos fortaleça e que nos faça evoluir como pessoas.
À vocês, com amor:
Sou feita de retalhos
Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma.
Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.
Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior…
Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade…
Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.
E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.
E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados…
Haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma.
Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.
E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de “nós”.
Fonte: O Pensador
1 comentário
Me identifiquei demais com esse tema.